Perfis de hackers pró-WikiLeaks são excluídos de redes sociais
As contas do grupo hacker "Anonymous" foram banidas do Twitter e do Facebook na noite desta quarta-feira. Os perfis eram usados para coordenar os ataques aos sites que apoiam a retaliação ao WikiLeaks, site que vazou mais de 250 mil documentos diplomáticos dos Estados Unidos desde novembro.
A conta no Twitter tinha mais de 22 mil seguidores ao ser bloqueada. Os hackers usavam as redes sociais como uma das formas de mobilizar o grupo nos ataques. "Próximo alvo: www.visa.com. Preparem suas armas", dizia um tweet antes do site da Visa ser tirado do ar.
O Facebook informou que a página foi suspensa por violação dos termos de uso. Um porta-voz disse ao Huffington Post que o site age sobre conteúdo que promove atividade ilegal. O Twitter disse ao jornal que não faz comentários sobre ações tomadas em contas específicas.
O grupo criou uma nova conta no microblog, @AnonOps. Nas postagens após o bloqueio dos perfis, o "Anounymus" afirma que luta pela "internet livre" e que o Twitter estava "pedindo para ser atacado". "Se nós não podemos ter uma conta no Twitter, ninguém mais terá. Liberdade de expressão", escreveu o grupo, para minutos depois tranquilizar os tuiteiros: "não estamos hackeando o Twitter, não se preocupem. Só estamos dizendo que eles fecharam nossa conta oficial, e isso não é liberdade de expressão".
O grupo atacou diversos sites nesta semana, como uma vingança aos boicotes que o WikiLeaks vem sofrendo. A Operação Payback, como vem sendo chamada, já tirou do ar os sites da Visa, MasterCard e PayPal, que cancelaram as doações ao WikiLeaks. O site do banco suíço PostFinance, que bloqueou a conta do WikiLeaks, também foi hackeada. As páginas da promotoria sueca, de onde saiu a ordem de prisão a Julian Assange, criador do site, e do advogado que defende as mulheres que acusam o australiano de crimes sexuais, também saíram do ar.