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Protestos levam Bulgária a abandonar ato antipirataria ACTA

14 fev 2012 - 14h04
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A Bulgária decidiu não ratificar o Acordo Comercial Anticontrafação (ACTA), depois de um protesto de massa motivado pelo receio de que o documento reduziria a liberdade e encorajaria a vigilância na internet, disse o ministro da Economia, Traicho Traikov, na terça-feira. Mais de quatro mil pessoas saíram às ruas da capital, Sófia, no sábado, pedindo que o Parlamento não ratificasse o ato.

Campuseiros foram chamados a apagar seus equipamentos por cinco minutos em protesto ao Acta
Campuseiros foram chamados a apagar seus equipamentos por cinco minutos em protesto ao Acta
Foto: Mauro Horita / Terra

"Apresentarei uma proposta ao Conselho de Ministros para interromper o procedimento de adesão da Bulgária ao ACTA", disse Traikov a jornalistas. A decisão significa que a Bulgária não vai tomar nenhuma medida com relação ao acordo antes que os Estados-membros da União Europeia cheguem a uma posição unificada. Marchas similares atraíram milhares de manifestantes em todo o Leste Europeu, além de na Alemanha, França e Irlanda.

O ACTA visa reduzir o roubo de marca registrada e combater outras piratarias online, mas o acordo levantou preocupação, principalmente no Leste da Europa, sobre censura online e uma vigilância reforçada. Alguns manifestantes chegaram a compará-lo à vigilância usada pelos antigos regimes comunistas.

As negociações sobre o ACTA estão em andamento há vários anos. Alguns países europeus aderiram ao documento, mas ele ainda não foi ratificado por vários outros.

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