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Distúrbios no Mundo Árabe

Autoridades da Rússia e dos EUA travam duelo no Twitter sobre a Síria

8 set 2013 - 06h19
(atualizado às 08h44)
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Rússia e Estados Unidos se enredaram em um duelo verbal sobre a Síria no Twitter, no qual deixaram claro que suas posturas sobre uma possível ação militar contra o país árabe continuam sendo opostas.

O estopim foram as afirmações da embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, advertindo que as consequências da inação são muito mais graves do que o perigo de um ataque limitado contra o país árabe. "Este é exatamente o argumento que utilizou o governo Bush para explicar sua agressão contra o Iraque. O resultado já o conhecemos", comentou Alexei Pushkov, chefe do Comitê das Relações Exteriores da Duma ou Câmara dos Deputados da Rússia, em sua conta no Twitter.

O embaixador dos EUA em Moscou, Michael McFaul, não demorou em responder a Pushkov. "Falsa analogia. Ao contrário de 2003, ninguém dúvida que o regime (de Bashar al-Assad) tem armas (químicas) e que as usou. Nós não invadiremos", assinalou.

O deputado russo insistiu: "Correta analogia: Bush estava buscando um pretexto para invadir o Iraque, Obama procura um pretexto para derrubar Assad".

"As falsas analogias são muito perigosas. Isso não é verdade. Obama não procura derrubar Assad. Tenta defender as normas internacionais sobre o não uso de armas químicas. A mudança de regime não é o objetivo. Escute Obama", replicou McFaul.

Pushkov denunciou que os "EUA se comportam como se todo o mundo apoiasse o ataque contra a Síria. Isso é uma completa falácia. Contra: a metade do G20, a maioria da UE, parte da Liga Árabe e o papa romano".

"Todos? No sábado a UE responsabilizou Assad do ataque químico de agosto na Síria. A Liga Árabe também", asseverou o embaixador americano.

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Barack Obama, abordaram nesta sexta-feira o conflito sírio durante a cúpula do G20 em São Petersburgo, mas as posturas conitnuam sendo muito distantes, como reconheceu o Kremlin. "Diziam que Obama não queria se colocar em uma guerra na Síria. Este mito foi quebrado pelo próprio Obama. Transformou-se definitivamente 'no Presidente da Guerra'", assegurou Pushkov no Twitter após a cúpula.

EFE   
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