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Suposto ataque de hackers tira sites populares do ar nos EUA

6 ago 2009 - 11h21
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Na mídia antiga, isso seria o equivalente a toda a frota de caminhões de entrega de um jornal chegando a um local ao mesmo tempo. No domingo e na segunda-feira, os populares websites da Gawker Media saíram do ar após um aparente ataque de hackers.

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Assim, leitores dedicados do site principal da empresa, Gawker.com, que registra as tramóias da mídia centrada em Manhattan, podem ter perdido fofocas como Ryan O'Neal acidentalmente ter dado em cima de sua filha, Tatum, no funeral de Farrah Fawcett e a mania de usar o Twitter do cabeleireiro de Sarah Palin.

"Estamos investigando isso no momento", Thomas Plunkett, chefe de tecnologia da Gawker Media, disse na terça-feira. Os sites da Gawker estavam funcionando na terça-feira, mas, segundo Plunkett, os servidores da empresa continuavam negando o ataque ao serviço.

O ataque teve como alvo o Consumerist.com, Plunkett disse, mas o resto do universo da Gawker sofreu efeitos colaterais. No final do ano passado, a Gawker vendeu o Consumerist ao Consumers Union, um grupo sem fins lucrativos que publica a revista Consumer Reports, mas a Gawker continuou a hospedar o site.

Em um memorando à equipe da empresa na tarde de terça-feira, Plunkett escreveu, "implantamos várias mudanças, inclusive o isolamento do tráfego do consumerist.com e a adição de vários filtros para lidar com esse tipo específico de ataque. Espero que tudo permaneça normal daqui para frente".

Mas neste ponto, parece ter havido certa discordância. Um porta-voz do Consumers Union sugeriu que não estava claro se o Consumerist havia sido de fato o alvo.

"Tudo que sabemos até agora é que toda a rede da Gawker teve uma interrupção de serviço", disse Ken N. Weine, porta-voz do Consumers Union. "A única coisa que está clara é que a Consumerist tem leitores apaixonados que, como nós, estão felizes que o site esteja no ar novamente, lutando pelos consumidores".

Os sites da Gawker saíram do ar às 10h20 da manhã de domingo, voltando a funcionar às 6h da tarde do mesmo dia, e caindo novamente por volta das 7h30 da manhã de segunda-feira. Os sites tiveram problemas durante quase toda a segunda-feira, antes de voltarem a operar normalmente por volta de 9h da noite, Plunkett disse. Além do Gawker.com, a empresa administra vários blogs, inclusive Jezebel, Deadspin e Gizmodo.

Na segunda, os redatores dos blogs ficaram na difícil posição de ter que explicar aos leitores por que os sites saíram do ar. Em uma postagem na tarde de segunda-feira, um blogueiro da Gawker escreveu, "sempre parece meio sem sentido colocar um post para dizer que o site está fora do ar. Mas para dizer o óbvio: todos os sites de mídia da Gawker estão tendo problemas sérios de servidor hoje. Não é apenas com você".

Anna Holmes, editora do Jezebel, um site direcionado a mulheres e focado em assuntos de sexo e cultura popular, disse aos seus redatores, que tipicamente trabalham de casa, para relaxarem na segunda-feira.

"Eu disse a eles que desacelerassem e trabalhassem em coisas que poderíamos publicar hoje", ela disse na terça-feira. "De uma maneira perversa, acho que isso deu aos escritores um descanso que eles precisavam. Ninguém arrancou os cabelos por causa disso".

Os investigadores de Plunkett e a equipe da Datagram, uma empresa de Nova York que fornece espaço para os servidores da Gawker Media, provavelmente nunca irão saber quem esteve por trás do ataque e se ele foi aleatório ou teve a Gawker como alvo específico. "Presumo que tenha sido de propósito", Holmes disse. "Agora por que, só restam palpites".

Tradução: Amy Traduções

The New York Times
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