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Terra lança projeto que dá privacidade no uso da web em locais públicos

Com óculos especiais, Terra VIP (Visão Protegida de Internet) leva à comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, a possibilidade acessar a internet sem que conteúdo fique visível a outros usuários

24 abr 2013 - 13h23
(atualizado às 13h50)
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Quem utiliza a internet em locais públicos costuma se queixar que a falta de privacidade é o que mais incomoda na hora de acessar as redes sociais, conteúdos pessoais, ou mesmo financeiros. Normalmente instalados uns ao lado dos outros, os computadores ficam vulneráveis àqueles que se movimentam pela sala ou mesmo aos usuários que estão no entorno. Para tornar a navegação mais pessoal, o Terra lançou nesta semana o o projeto Visão de Internet Protegida (VIP). A ação, assinada pela agência DM9DDB, promove a "democratização da privacidade" e propõe um novo jeito de usar a internet em local público.

No projeto piloto, o Terra instalou nas lan-houses e telecentros da favela de Paraisópolis computadores especialmente adaptados para que ninguém consiga ver o conteúdo que está na tela do computador, a não ser o próprio usuário. Por meio da remoção de uma película das telas de LCD, os computadores apresentam uma tela 100% branca e o conteúdo só pode ser visto quando o usuário coloca os óculos especiais, feitos do mesmo material da película. Estima-se que, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas só acessam a internet a partir desses locais.

Um dos primeiros a testar a novidade, o ator Jefferson dos Santos Nascimento, 26 anos, aprovou a nova maneira de navegar pela Internet. "(Nunca vi) nada parecido. Só o 3D. Mas ainda assim, sem o óculos, sem qualquer tipo de interferência, a olho nu você via. Agora, com essa tecnologia, nunca vi nada igual. É uma experiência muito legal mesmo. Sempre estou acessando a internet, seja no celular ou no computador. Locais de acesso público é melhor por causa do tamanho da tela. Em celular você não consegue acessar determinadas informações. E aí precisa usar em computadores públicos", diz ele.

Nascimento relata que muitas vezes ficou incomodado com a falta de privacidade nesses locais. "Eu sou dramaturgo. Escrevo alguns textos... Aí você começa a escrever. A pessoa fica olhando e você fica incomodado que ela está lendo. Uma obra minha que ainda vai ser lançada e a pessoa está vendo, está se adiantando. Aí fica meio complicado. Você pode deixar o e-mail aberto, suas contas abertas, não vai ter nenhum  tipo de problema. Curti demais, muito legal", afirmou.

<p><strong>Terra</strong> doou e instalou 10 máquinas, além dos óculos especiais, em cinco telecentros de Paraisópolis</p>
Terra doou e instalou 10 máquinas, além dos óculos especiais, em cinco telecentros de Paraisópolis
Foto: Fernando Borges / Terra

O azulejista Samuel de Oliveira, 22 anos, também aprovou a iniciativa. "Ainda não tinha visto isso, mas estou achando ótimo. Às vezes você pode ver o seu perfil, pode ver tudo o que você quiser, sem ninguém estar aqui olhando. Pode compartilhar o que quiser que ninguém está vendo as suas conversas", disse ele.

Oliveira afirma que não tem internet em casa e costuma passar diariamente no telecentro para se atualizar. Para ele, a falta de privacidade é o que mais incomoda. "Às vezes estou conversando, ou tenho fotos que eu não quero que as pessoas vejam. E as pessoas ficam aqui olhando o que você está fazendo. É chato. Dessa maneira é melhor. Você pode ter sua privacidade, sem incomodar se as pessoas estão olhando. Se olharem não vão ver nada...", disse.

Para a iniciativa, o Terra doou e instalou 10 máquinas, além dos óculos especiais, em cinco telecentros da comunidade, que hoje conta com mais de 400 pessoas cadastradas.

Fonte: Terra
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