Twitter registra 2,4 mi de tweets durante apagão contra Sopa
19 jan2012 - 10h07
(atualizado às 10h15)
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O Twitter divulgou que na quarta-feira do blecaute foram registrados 2,4 milhões de posts relacionados ao blecaute contra o Sopa (Stop Online Piracy Act) e o Pipa (Protect Intelectual Property Act). No apagão virtual, sites como Wikipédia e Reddit ficaram fora ar para protestar contra os projetos de lei antipirataria em discussão nos Estados Unidos.
O número foi medido entre 0h e 16h de Nova York (3h e 19h de Brasília), segundo o Twitter. Os termos mais usados nos posts foram SOPA, Stop SOPA, PIPA, Tell Congress (Diga ao congresso, em tradução livre) e #factswithoutwikipedia (algo como #fatossemawikipedia).
E o que significa esse volume, muito ou pouco? Em geral, o Twitter mede os "assuntos quentes" não pelo número absoluto de posts, mas pela quantidade de tweets por segundo - estatística que, segundo fontes do TechCrunch, não existe para o Sopa. Mas, baseado na página especial de retrospectiva do microblog (neste atalho http://bit.ly/zWKfQ1), o site de notícias observou que o MTV Music Awards de 2011 registrou 8.868 tweets por segundo, ou mais de 2 milhões de tweets em quatro minutos.
O Twitter, enquanto empresa de tecnologia, optou por se manifestar no dia do blecaute da mesma forma que o Facebook: a partir da mensagem de seu CEO. Dick Costolo, líder do microblog, escreveu: "Por favor, juntem-se a mim para pressionar os senadores @SenatorReid & @ChuckSchumer a não votar a favor do #Pipa".
Como prometido, versão em inglês da Wikipedia iniciou blecaute nesta quarta-feira
Foto: Reprodução
Na versão em português da Wikipedia, há um apelo contra os projetos do Congresso americano
Foto: Reprodução
O site de compartilhamento de notícias Reddit, que convocou o blecaute em protesto ao Sopa, aderiu ao apagão às 11h (horário de Brasília)
Foto: Reprodução
Google não aderiu ao blecaute, mas mandou mensagem ao Congresso americano
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O link na página de buscas do Google para os Estados Unidos leva a um site especial para o dia do bloqueio com um gráfico mostrando quem já manifestou aos legisladores do país sua oposição aos projetos antipirataria
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O músico brasileiro e ex-ministro da cultura Gilberto Gil aderiu à campanha e acrescentou a hashtag #SOPAblackoutBR com a explicação de que, apesar do projeto ser norte-americano, se for aprovado pode pressionar outros governos a criarem normas semelhantes
Foto: Reprodução
O Wordpress.org seguiu o movimento e está fora do ar. Na homepage, o site disponibiliza um vídeo sobre seu ponto de vista em relação ao Sopa e ao Pipa e forma de contato com os legisladores norte-americanos
Foto: Reprodução
Os cidadãos dos EUA que acessarem o Wordpress.org podem, por exemplo, ligar gratuitamente para o congressista em quem o votaram e tocar uma mensagem gravada pré-selecionada
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No Wordpress.org há possiblidade também de enviar um e-mail ao congresso, com um texto pré-definido em que o usuário demanda a seu representante que "vote 'não' ao Sopa"
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Usuários internacionais do Wordpress.org podem assinar uma petição online para se manifestarem contra os projetos de lei antipirataria
Foto: Reprodução
A Mozilla vestiu de preto a tela inicial do Google no navegador Firefox, e a logo do browser da raposa também ganhou uma tarja negra com os dizeres "parem a censura"
Foto: Reprodução
O TwitPic também vedou sua logomarca, colocando sobre ela o apelo "parem a censura"
Foto: Reprodução
O Flickr, rede social de compartilhamento de fotos, deu aos usuários a opção de "censurar" suas fotos e a de amigos. A mensagem na tela preta pode ser removida clicando no botão "ver a foto assim mesmo"
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O KnowYourMeme, base de memes com explicações e exemplos dos hits da web, abre uma mensagem de alerta ao usuário, que pode saber mais sobre o protesto
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Na página que o KnowYourMeme criou para quem se interessa pelo apagão, imagem simula o aviso que poderia estar em sites bloqueados pelo Sopa: "esta imagem viola direitos do PL 3261, S. O. P. A., e foi removida"
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O site internacional da Campus Party traz em letras garrafais a inscrição "parem o Sopa", e na parte inferior da tela há, em letras menores, um link para o site da Mozilla sobre o projeto de lei
Foto: Reprodução
A revista de tecnologia Wired censurou a própria homepage com várias tarjas negras sobre as palavras, e inseriu um banner com os dizeres "Não censure a web". No canto inferior esquerdo é possível remover a "censura"
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O site de notícias Huffington Post também adotou o preto para expressar sua desaprovação ao Sopa e ao Pipa: um quadrado negro ocupa quase toda a página inicial antes da "dobra" (sem rolar a barra) e um link leva ao editorial sobre o assunto
Foto: Reprodução
No Twitter, a logo da rede de blogs foi pintada de preto, e muitos posts do microblog simulam censura com tarjas pretas sobre as palavras
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No site do Repórteres Sem Fronteiras usuário tem o controle de "tirar do escuro" a página que visita
Foto: Reprodução
A ONG Repórteres Sem Fronteiras, que luta pela liberdade de imprensa, aderiu ao protesto transformando a página inicial de seu site em uma mensagem que só aparece com o passar do mouse
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A Electronic Frontier Foundation (EFF), grupo de defesa dos direitos civis na era digital, censurou a logo e inseriu um banner com os dizeres "Tome uma atitude! Diga ao congresso agora: parem com o projeto da lista negra!"
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O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) apoia a campanha com uma mensagem antes da abertura do site
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Site Mega Não, do movimento brasileiro contra a Lei Azeredo, aderiu ao blecaute e usa imagem semelhante à da página de Gilberto Gil
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Boing Boing tem homepage negra com mensagem em branco em que afirma que a legislação discutida no congresso norte-americano "com certeza nos mataria para sempre"
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No site que concentra as ações em protesto ao Sopa e ao Pipa, o sopatrike.com, há códigos prontos para quem quiser aderir ao protesto - acima, um dos modelos oferecidos
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O cineasta Michael moore também retirou do ar seu site na quarta-feira
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Site da Turma da Mônica fica fora do ar por 24 horas