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Vivendi quer ao menos 7 bi de euros pela GVT--fontes

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Por Guillermo Parra-Bernal e Leila Abboud

SÃO PAULO/PARIS, 7 Nov (Reuters) - A francesa Vivendi quer levantar ao menos 7 bilhões de euros (8,9 bilhões de dólares) com a venda da operadora brasileira de telecomunicações GVT, e recebeu manifestação de interesse no ativo de pelo menos quatro companhias, disseram duas fontes a par da situação.

Ambas as fontes, que falaram sob condição de anonimato, disseram que Oi, América Móvil, DirecTV e Telecom Italia estão participando das conversas iniciais sobre o processo de venda da GVT.

Fundos de investimento também mostraram interesse na GVT, disse uma das fontes, sem entrar em detalhes.

A Vivendi, que está vendendo ativos para cortar dívida e melhorar o preço de sua ação, busca receber ofertas vinculativas pela GVT no primeiro trimestre, disseram as duas fontes.

A venda da GVT é um sinal de que a empresa francesa está procurando reduzir sua presença no setor de telecomunicações para focar-se mais em seus ativos de mídia, acrescentaram as fontes.

A Vivendi decidiu colocar a GVT à venda no mercado há alguns meses, em um momento no qual revisa seus portfólios de negócios em telefonia móvel, videogames e música. O maior conglomerado de mídia e telecomunicações da Europa também busca um comprador para sua fatia controladora na Maroc Telecom.

"Sinergias entre GVT e outras unidades da Vivendi não foram tão fortes quanto a companhia imaginava", disse uma das fontes à Reuters. "Mas isso não significa que a Vivendi vai entrar em um esquema de vendas de fim de ano e vender a GVT a qualquer preço. Não há chance de isso acontecer".

As ações da Vivendi acumulam alta de 28 por cento desde o começo de abril por esperanças que a administração consiga reformular a companhia, manter robustos pagamentos de dividendos e proteger seu rating de grau de investimento.

A ação tinha tido queda de 68 por cento entre janeiro de 2011 e março deste ano, um momento no qual investidores questionaram a estrutura da Vivendi que engloba telecomunicações e mídia, assim como a capacidade da empresa manter o crescimento e os lucros frente à forte concorrência enfrentada pela SFR, seu braço de telecomunicações.

Um porta-voz da Vivendi rejeitou comentar sobre o assunto.

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