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Yoani Sánchez será recebida na Câmara dos Deputados nesta 4ª feira

20 fev 2013 - 11h49
(atualizado às 15h16)
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Em visita ao Brasil, a dissidente cubana Yoani Sánchez será recebida nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados, onde será exibido o documentário "Conexão Cuba-Honduras", o qual não pôde ser visto na última segunda na cidade de Feira de Santana por causa dos protestos dos militantes comunistas.

Segundo o escritório de imprensa do legislativo, apesar de estar previsto que a blogueira cubana dedicaria o dia de hoje ao turismo em Salvador, na Bahia, Yoani decidiu seguir para Brasília a convite do deputado federal Otávio Leite (PSDB).

A dissidente cubana comparecerá à câmara na companhia do cineasta Dado Galvão, autor do documentário, no qual ela é uma das principais entrevistadas.

"Depois do documentário será oferecida a palavra a essa mulher que se destacou tanto na defesa das liberdades no mundo", declarou Otavio Leite no comunicado divulgado hoje pela câmara.

Yoani, que chegou ao país na última segunda-feira, foi recebida com protestos de simpatizantes do regime cubano nos aeroportos de Recife e Salvador. No entanto, o incidente mais sério ocorreu em Feira de Santana, na Bahia, onde um grupo mais numeroso interrompeu a exibição do documentário aos gritos de "Viva a revolução" e "Cuba sim, ianques não".

O senador Eduardo Suplicy (PT), que participava do ato, ainda tentou mediar um possível entendimento entre os manifestantes e a blogueira, mas não obteve sucesso. Na ocasião, Yoani tomou a palavras apenas por uns instantes em um improvisado debate, enquanto a projeção do documentário acabou sendo suspensa.

O deputado Mendonça Filho (DEM), pediu à Polícia Federal se responsabilizar pela segurança da dissidente cubana enquanto a mesma estiver no Brasil, o primeiro destino da blogueira em sua viagem de 80 dias e que passará por uma dezena de países.

Após as autoridades cubanas terem negado 20 vezes a sua permissão de saída do país nos últimos seis anos, Yoani, criadora do blog "generacion Y" e ganhadora de prêmios de jornalismo e de direitos humanos em vários países, pôde deixar a ilha graças à reforma migratória que entrou em vigor em Cuba no último dia 14 de janeiro.

EFE   
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