iPad sofre revés e venderá -12,7% em relação a 2013, diz IDC
As vendas do iPad sofrem seu primeiro revés na história desde que esta nova categoria de produtos começou a ser comercializada pela Apple.
De acordo com o instituto de análise de mercado, o IDC, a Apple viu seu mercado encolher em 12,7% em 2014, quando comparado aos resultados do ano anterior.
Atualmente, a companhia americana avaliada em US$ 700 bilhões vende cinco modelos do tablet – iPad mini, iPad mini 2, iPad mini 3, iPad Air e iPad Air 2. Ao todo, 64,9 milhões de gadgets da companhia dirigida por Tim Cook e fundada por Steve Jobs, morto em 2011, serão entregues até o fim deste ano, estima o IDC.
Por outro lado, as vendas dos gadgets com os sistemas Android devem subir 16% e os tablets com o programa do Google devem continuar na liderança do setor, com 67,7%; seguido do iOS (iPad) com 27,5%. Em terceiro aparece o Windows, com um acréscimo de 67,3% ante 2013 e 4,6% da fatia do mercado.
No ano de 2014, o setor de tablets deve apresentar um crescimento leve de 7,2%, com 235,7 milhões de unidades comercializadas.
Ciclo de vendas
Segundo os especialistas do IDC, parte da desaceleração no crescimento das vendas de tablets em 2014 frente ao desempenho de vendas visto em 2013 (52,2%) deve-se ao ciclo natural de vendas dos tablets, que é parecido com o dos PCs – lento. Antes se achava que o ritmo de compra e substituição desses aparelhos fosse parecido com o dos smartphones – rápido e com trocas anuais ou até semestrais.
“No começo do mercado de tablets, esperava-se que os ciclos de vida desses dispositivos se assemelhassem com os dos smartphones, com uma substituição a cada 2 ou 3 anos. Percebemos, porém, que muitos proprietários de tablets continuam com os mesmos aparelhos por mais de três anos e, em alguns casos, 4 anos”, afirma Ryan Reith, diretor do IDC.
“Acreditamos que as duas principais mudanças do mercado, para além dos ciclos de vida dos tablets, são o suporte de software para produtos mais antigos, especialmente dentro de iOS, e o aumento do uso de smartphones para uma variedade de tarefas existentes nos PCs”, completa.
Outro motivo para os tablets é o crescimento abaixo do esperado para os modelos 2 em 1, que misturam tablet com notebook. Esse gadget deve vender apenas 8,7 milhões em 2014, ou seja, 4% do mercado que engloba os tablets.
