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Mercado de impressão 3D cresce, mas está longe de maturidade

18 abr 2014 - 11h00
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A impressão 3D começou em 1983 com a primeira impressora tridimensional, inventada pelo americano Chuck Hull, que depois fundou a empresa 3D Systems, uma das maiores do mercado. Mas foi só há alguns anos que o mercado começou a aquecer, com mais investimentos, pesquisas e ideias.

As inúmeras possibilidades de uso para a tecnologia deram o tom do evento “Inside 3D Printing”, que aconteceu nesta semana em São Paulo. Usos da impressão tridimensional para as áreas médica, automotiva, aeronáutica, de design e arquitetura, de petróleo e gás foram alguns dos temas discutidos na conferência, que já passou pelos Estados Unidos e Alemanha, e segue para a Coreia do Sul, Austrália, China, Japão, Califórnia (EUA) e Singapura.

Logo na abertura, Michele Marchesan, diretor de operações da 3D Systems, citou exemplos de objetos que podem ser criados com um impressora 3D, como óculos que cabem perfeitamente no rosto das pessoas; extensões biônicas para deficientes físicos; aparelhos auditivos sob medida; implantações dentárias; comidas; brinquedos; roupas; entre outros.

Quando perguntado sobre a maturidade do mercado, Marchesan não hesita para responder: “tudo depende da maneira que projetamos, mas toda novidade está acontecendo agora”. As novidades são realmente muitas, e vão desde máquinas que imprimem chocolate até impressoras que criam objetos coloridos em papel. Mas os especialistas concordam que muito ainda precisa ser pesquisado e realizado para a indústria crescer.

Na área médica, por exemplo, a impressão de órgãos e tecidos é uma tendência que precisa de dezenas de anos para se tornar realidade, segundo o coordenador do CTI, Jorge Silva. “Somente para regulamentar o uso de órgãos impressos em transplantes vai levar uns 20 anos. As pesquisas ainda são muito recentes, e essa é uma área que precisa de muito dinheiro, muito investimento”, diz. Segundo ele, também é preciso desenvolvimento nos softwares e na captação de imagens dos órgãos dos pacientes.

O evento também discutiu a acessibilidade das impressoras 3D para uso pessoal. No cenário atual, a grande maioria das máquinas é utilizada por empresas. Uma delas, a irlandesa McCor Technologies, acredita que em menos de dez anos, todas as casas terão uma impressora 3D.

Para atingir essa realidade, segundo a empresa, seria necessária uma evolução da velocidade de impressão, custo das máquinas, tecnologia de materiais, cores e segurança, e facilidade de uso.

O CEO da companhia, Conor MacCormack, imagina que as pessoas vão usar as máquinas para criar objetos customizáveis, como miniaturas de si mesmas. Seria como uma versão tridimensional das selfies, feitas para presentear parentes ou usar em bolos de casamento.

Fonte: Terra
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