Apple não quer lucrar, mas fazer bons produtos, diz executivo
31 jul2012 - 15h33
(atualizado às 17h25)
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O objetivo da Apple não é lucrar: é fazer bons produtos, disse Jonathan Ive, vice-presidente de Design Industrial da empresa durante um evento no Reino Unido. Segundo ele, a Apple busca entender as oportunidades de mercado e criar produtos que se encaixem nessas necessidades.
"Estamos muito satisfeitos com nossa receita, mas nossa meta não é ganhar dinheiro. Pode soar um pouco superficial, mas é a verdade. Nosso objetivo, o que nos anima é fazer ótimos produtos. Se formos bem-sucedidos, as pessoas vão gostar e, se formos competentes, lucraremos", disse o executivo, segundo a Wired.
Ive atribui essa mentalidade da companhia ao retorno de Steve Jobs à Apple, em 1997. "Ele observou que os produtos não eram bons o suficiente", afirmou. Ao invés de se concentrar em maneiras de obter lucro, Jobs se focou na criação de novos - e melhores - produtos. Diferente de outros dirigentes, que teriam principalmente a intenção de cortar custos e aumentar a receita da empresa.
A Apple demonstrou na segunda-feira novidades na sexta versão plataforma móvel, o iOS. Com o iOS 6, a Apple mostrou que está investindo em mapas para abandonar o Google Maps e aprimorando as buscas do Siri, seu assistente pessoal de voz, além de outras funcionalidades que podem deixar o Google de cabelo em pé. Veja na galeria alguns recursos da Apple selecionados pelo Business Insider que mostram a guerra entre as duas empresas
Foto: AFP
Busca local - A Apple está entrando no negócio de busca local com seu novo serviço de mapas. A companhia se associou com o Yelp, grande rival do Google, para criar listas de locais no seu app de mapas, que chega com o iOS 6. Esse serviço é uma grande arma do Google na publicidade móvel
Foto: Reuters
A busca do Siri - A Apple adicionou novos truques ao Siri: resposta para estatísticas esportivas e respostas de jogos e reserva de restaurante. Esse último representa um risco para o Google, já que pode representar um começo de motor de busca da empresa de Cupertino
Foto: Divulgação
Passbook - A Apple anunciou também o Passbook, uma "caderneta" que reúne no mesmo local ingressos de shows e cartões de embarque com atualizações online, o que pode representar o futuro do pagamento móvel. É um risco para o Google Wallet, sistema de pagamento da gigante da internet que ainda não decolou.
Foto: Divulgação
Aplicativos - A explosão de aplicativos fechados da Apple está tornando a web irrevelante. O Google, que domina o mercado de busca, não consegue indexar as informações dentro desses apps para jogar no seu buscador
Foto: Divulgação
Integração com o Facebook - A Apple também anunciou uma maior integração com o Facebook, também no iOS quanto no OS X Mountain Lion. Isso não tem um impacto direto no Google agora, mas essa união pode causar dor de cabeça no futuro, já que não é um um cenário favorável ver dois dos seus maiores competidores trabalhando juntos