PUBLICIDADE

Google anuncia que renovou sua licença na China

9 jul 2010 - 09h33
(atualizado às 09h44)
Compartilhar

A gigante da internet americana Google anunciou hoje em seu site que renovou sua licença na China, após meses de conflitos com as autoridades diante da censura que o país aplica à rede.

"Estamos contentes que o governo tenha renovado nossa licença - Provedor de Conteúdo de Internet (ICP) - e desejamos continuar oferecendo serviços de pesquisas de sites e produtos locais para nossos usuários na China", assinalou o responsável legal do gigante informático, David Drummond, em comunicado.

No começo do ano, o Google anunciou que deixaria a China após denunciar cyberataques aos e-mails de dissidentes políticos, empresários e jornalistas hospedados em seu servidor e, em continuação, desviou seu serviço de busca para Hong Kong para evitar a censura chinesa, que bloqueia buscas relacionadas a assuntos delicados para o regime.

Entre estes temas estão violações aos direitos humanos, a perseguição a dissidentes políticos e a repressão de minorias étnicas como a tibetana ou a uigur. Em seu comunicado, o Google assinalou que "desde o lançamento do Google.cn, nosso sistema de busca para os usuários chineses, fizemos todo o possível para aumentar o acesso à informação e cumprir com as leis chinesas".

Esta tentativa "nem sempre foi um equilíbrio fácil de ser conquistado, especialmente desde que em janeiro anunciamos que não íamos censurar mais os resultados do Google.cn".

Com relação ao desvio de buscas para Hong Kong, a multinacional reconhece que "está claro que, depois das conversas com funcionários do Governo chinês, estes consideram esse desvio inaceitável e que se continuássemos desviando nossos usuários, nossa licença não seria renovada".

Sem essa licença, que expirava em 30 de junho, "não podemos operar sites comerciais como o do Google.cn. Apesar de que sua fração de mercado no gigante asiático - o maior mercado de internet do mundo com mais de 400 milhões de usuários - ser inferior ao das empresas locais, o Google assegura que não quer perder sua vocação de fazer a informação mais acessível a todo o mundo, inclusive na China.

EFE   
Compartilhar
Publicidade