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Governo negocia instalação de fábrica de telas LCD no País

13 set 2011 - 20h49
(atualizado às 21h24)
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O Governo anunciou nesta terça-feira que negocia a instalação no país de uma grande fábrica de telas de LCD. A unidade seria a primeira deste tipo fora da Ásia. O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse em uma audiência pública no Senado que o acordo está "bastante adiantado", mas não entrou em detalhes devido a uma cláusula de confidencialidade.

Foxconn, taiwanesa que monta iPads e iPhones da Apple, deve começar a fabricar tablets no Brasil ainda em 2011
Foxconn, taiwanesa que monta iPads e iPhones da Apple, deve começar a fabricar tablets no Brasil ainda em 2011
Foto: AFP

Mercadante assegurou que a fábrica seria de grandes dimensões e disse que ela poderá transformar a indústria brasileira do mesmo modo que ocorreu na década de 1950 com a implantação das fábricas de automóveis no país. As telas de cristal líquido são um dos componentes mais caros de produtos eletrônicos como laptops e telefones celulares, e até agora os fabricantes brasileiros se veem obrigados a importá-las da Ásia.

Mercadante também antecipou que o Governo vai anunciar, nas próximas semanas, que uma grande empresa da área de videogames vai instalar "uma fábrica de ponta" no Brasil. O ministro ainda afirmou que "está bastante avançada" a negociação com a empresa taiwanesa de tecnologia Foxconn para a implantação de uma grande fábrica dedicada aos produtos da Apple.

A Foxconn possui três fábricas no Brasil, onde emprega sete mil trabalhadores e produz aparelhos eletrônicos de multinacionais como Sony e Nokia. A fabricação de itens da marca da maçã, revela Mercadante, já começou: iPods vêm sendo produzidos na sua planta da taiwanesa em Jundiaí, no estado de São Paulo, e as primeiras unidades de iPad devem ter fabricação no Brasil a partir de dezembro.

O Governo ofereceu vantagens fiscais para as empresas que fabricarem tablets no país. Até agora, 25 companhias se inscreveram no programa, e seis delas já estão produzindo os primeiros aparelhos em território brasileiro, segundo o ministro. "Até o final do ano vamos ter uma avalanche de produtos, de opções, com uma queda em torno de 30% a 40% nos preços", conclui Mercadante.

EFE   
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