Jornal: Embraer pagou US$ 10 mi para encerrar disputa com a Microsoft
A Microsoft acusava a fabricante brasileira de aviões de uso de softwares sem licença
A brasileira Embraer precisou desembolsar US$ 10 milhões para impedir o que poderia se tornar a primeira lei de competição injusta dos Estados Unidos, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Há um ano, a Microsoft acusou a quarta maior produtora de aviões do mundo de usar programas de computador sem pagar pelas licenças e de usar produtos piratas. A empresa de Bill Gates fez uma denúncia à Procuradoria-Geral de Washington, Estado que em 2011 aprovou lei que pune empresas que utilizam softwares pirateados ou sem licença proibindo-as de fazer negócios em seu território.
O caso não chegou a virar processo. Foi resolvido no dia 6 de abril, quando a Embraer desembolsou a quantia que a Microsoft lhe pedia. O acordo entre as duas empresas foi feito na fase que precede o processo judicial. A Embraer nega que usasse tecnologia pela qual não pagava e diz que o acordo não teve participação da procuradoria. "Não podemos comentar especificidades desse caso, mas estamos felizes de dizer que a Embraer tomou todas as medidas apropriadas para o pleno cumprimento da lei", diz a Microsoft em nota. Caso tivesse ido aos tribunais e fosse condenada, a firma brasileira estaria sujeita a pagar multas e ser proibida de vender aeronaves em Washington e possivelmente em outros 37 dos 50 Estados americanos, que assinaram carta de concordância sobre o tema.