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Licença médica de Steve Jobs causa queda nas ações da Apple

17 jan 2011 - 15h16
(atualizado em 18/1/2011 às 22h02)
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O presidente-executivo da Apple, Steve Jobs, está tirando uma licença médica de dois anos após um intervalo de seis meses para passar por um transplante de fígado. A notícia motivou queda expressiva das ações da empresa nesta segunda-feira.

Jobs pediu licença médica para se concentrar em sua saúde
Jobs pediu licença médica para se concentrar em sua saúde
Foto: Marcelo Tripoli / Especial para Terra

Jobs - que sobreviveu a um câncer no pâncreas - disse que o vice-presidente operacional, Tom Cook, vai tomar conta das operações diárias da Apple, mas que ele continuará no posto de presidente-executivo e estará envolvido nas grandes decisões estratégicas.

"A meu pedido, a diretoria garantiu uma licença médica para que eu possa me concentrar em minha saúde", escreveu Jobs, 55 anos, em e-mail aos funcionários da Apple. "Eu amo muito a Apple e espero voltar assim que eu puder".

As ações da Apple negociadas em Frankfurt recuaram 6,5% às 13h55 (horário de Brasília). Nos Estados Unidos, é feriado e os mercados acionários estão fechados nesta segunda-feira.

A Apple é fortemente associada à identidade e ao carisma de Jobs, cofundador da empresa e que revitalizou a companhia a partir de 1996 após 12 anos de ausência. Analistas disseram que o efeito nas operações da Apple deve ser limitado no curto prazo, já que a linha de produtos da empresa é forte, mas que a ausência de Jobs pode se tornar uma preocupação caso seja longa.

Cook já ficou à frente das operações diárias da Apple durante a última licença de Jobs, em 2009. "Não era esperado. Isso é uma surpresa para os investidores da Apple e definitivamente tira um pouco do brilho da ação da Apple", disse o analista Alexander Peterc, da Exane. "Mas mesmo se Steve Jobs nunca voltar para a Apple, eu não esperaria um impacto visível e tangível sobre como a Apple vai executar seus negócios nos próximos dois anos."

O especialista em tecnologia global Richard Windsor, da Nomura, concorda que a ausência de Jobs não tem um efeito fundamental. Porém, ele alertou que "o assunto é outro quando se trata da percepção da companhia". "Steve Jobs é visto pelo mercado como uma força motriz da direção estratégica da Apple. Se o seu câncer no pâncreas voltar, isso poderá ser um pouco preocupante."

A Apple divulgará seu resultado trimestral na terça-feira e a expectativa é de que a receita cresça 50% graças às vendas do tablet iPad, bem como ao bom desempenho do iPhone e do iPod.

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