Nokia quase quadruplica perdas no segundo trimestre do ano
A fabricante finlandesa de telefones celulares Nokia anunciou nesta quinta-feira perdas no segundo trimestre do ano de 1,41 bilhão de euros, quatro vezes mais que no mesmo período do ano passado e mais que o dobro do que era esperado pelos analistas.
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A Nokia vendeu 2% mais telefones (um total de 73 milhões de unidades) que no mesmo período do ano anterior, mas a ex-número um mundial do setor continua muito longe de suas competidoras, como a americana Apple ou a sul-coreana Samsumg. A Nokia vendeu 4 milhões de celulares com Windows Phone 7 no segundo trimestre, apenas parte dos 30 milhões de iPhones que a Apple deve vender e 50 milhões de smartphones Android da Samsung.
A companhia finlandesa aposta na linha de celulares Lumia, que usa o sistema da Microsoft, mas os aparelhos fizeram relativamente pouco sucesso entre os consumidores, que estão preferindo modelos da Apple e os que executam o Android, do Google.
As ações da Nokia dispararam até 10% após a divulgação dos resultados. Os papéis acumulam perda de quase 80% desde fevereiro de 2011, quando a companhia desistiu de sua própria plataforma de software para smartphones para trabalhar com sistema Windows.
A companhia teve prejuízo por ação ajustado de 0,08 euro, ante uma previsão média do mercado de perda de 0,09 euro. A posição líquida de caixa no fim do trimestre era de 4,2 bilhões de euros (US$ 5,2 bilhões), ante previsão do mercado de 3,7 bilhões. "Após uma série de más notícias que não chegava ao fim, esses resultados dão uma ponta de esperança para a Nokia", disse o analista Nick Dillon, da Ovum.
Nos três primeiros meses até junho, todas as grandes agências de classificação de crédito rebaixaram para "junk" os bônus da Nokia, que fez dois alertas de lucro e avisou que planejava cortar 20% dos postos de trabalho.
A companhia já foi a maior fabricante mundial de celulares, mas demorou para ingressar com força no mercado de smartphones e ficou muito atrás da Apple e Samsung no segmento mais rentável do segmento.
Com informações de agências internacionais.
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