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Nokia e Microsoft unem forças para conquistar liderança de smartphones

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A Nokia e a Microsoft se uniram para tentar recuperar o terreno perdido para a Apple e para o Google no mercado de smartphones com o lançamento do Lumia 920, o novo dispositivo da empresa finlandesa, que utiliza a última versão do sistema operacional Windows Phone.

"Esta é uma nova empresa, se compararmos ao que costumávamos ser. Desde a chegada de Stephen Elop, novo executivo-chefe da Nokia, os funcionários estão mais rápidos, motivados e mostram uma explosão de energia", disse Marco Argenti, vice-presidente de desenvolvimento e mercado da companhia, nesta quarta-feira à Agência Efe.

Argenti fez a declaração depois que Elop, ex-diretor da Microsoft, e Steve Ballmer, executivo-chefe da empresa de informática, mostraram em uma conferência em Nova York o novo smartphone da Nokia, o Lumia 90, que conta, entre outros atrativos, como uma câmera com tecnologia PureView e um sistema de carregamento sem fio.

Baseadas na ideia de que os consumidores "estão começando a sentir necessidade de algo diferente" em um mar de iPhones e Androids, segundo Argenti, as duas companhias estão apostando alto que o novo dispositivo irá transformá-las novamente em duas importantes empresas no mercado de smartphones.

A Nokia, que até pouco tempo era líder da indústria telefônica, viu seu segmento de smartphones desabar, chegando a menos de 10%, longe dos 50% que gozava antes do lançamento do iPhone, em 2007. A crise, aliás, só piorou e a empresa teve que fazer um duro corte de 10 mil funcionários.

Por sua vez, os dispositivos com o sistema operacional da Microsoft não conseguiram captar nem 5% do mercado, dominado pelo Android, da Google, e nem se aproximar dos 17% da IOS, que integra os iPhones, da Apple.

"Esse é um marco muito importante. É incrível quão longe chegamos nesses meses de trabalho com a Nokia. Começamos a ver, de verdade, o poder desta incrível aliança", assegurou Ballmer, que, ao aparecer de surpresa no evento de Nova York, deixou claro que a Microsoft também está apostando alto no novo Lumia.

Com uma tela de 4,5 polegadas, uma câmera frontal de 1,2 e uma traseira de 8,7 megapixels, o aparelho conta com a tecnologia PureView que já integrava o Nokia 808.

A denominação PureView é dada, segundo o vice-presidente executivo de Smart Devices da Nokia, Jo Harlow, pela capacidade da câmera de processar até cinco vezes mais luz que o resto de smartphones sem utilizar flash, permitindo melhorar a qualidade das imagens em lugares escuros e à noite.

Outra característica do telefone, que conta com memória RAM de 1 GB, uma capacidade de armazenamento de 32 GB e um processador de duplo núcleo de 1,5 GHz, é uma bateria de 2.000 mAh (miliamperes por hora), de maior capacidade que a de qualquer outro telefone da Nokia, e pode ser carregada sem o uso de fio.

O sistema, compatível com a tecnologia Qi, permite recarregar o dispositivo simplesmente o colocando sobre um carregador especial, sem necessidade de conectar o telefone a um cabo.

Segundo os diretores de ambas as companhias, outra qualidade essencial é a Nokia Vista Urbana, uma ferramenta de localização de GPS do telefone que oferece informações de restaurantes, lojas e hotéis quando o dispositivo é apontado em qualquer direção de qualquer rua de uma cidade.

O sistema permite fazer algo parecido com o portal de descontos Groupon, já que, dirigindo a câmera para qualquer comércio de uma rua, o telefone envia as ofertas e descontos disponíveis no momento.

"Este é o smartphone mais inovador que há no mercado", disse Argenti, que destaca o aumento no número de aplicações disponíveis para o dispositivo graças a outras alianças com Vimeo, Angry Birds, Red Bull e Bloomberg.

Durante a conferência também foi apresentado o modelo Lumia 820, com Windows Phone 8, que conta com uma tela de 4,3 polegadas, uma câmera traseira de 8 megapixels e que também tem capacidade de incorporar o sistema de recarga sem fio.

No entanto o esperado evento realizado pela Nokia e pela Microsoft, não parece ter despertado interesse entre os investidores.

Ao final da sessão de Wall Street, as ações da companhia finlandesa que são cotadas na Bolsa de Nova York caíram 15,9%. EFE

tme/ff/tr

(foto)

EFE   
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