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EUA enfrentam risco de cibersabotagem, diz general do exército

4 jun 2010 - 16h53
(atualizado às 22h07)
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O Departamento de Defesa dos Estados Unidos precisa ser capaz de operar livremente no ciberespaço por conta do risco do país sofrer uma "sabotagem remota", afirmou um general do exército americano encarregado pelas operações digitais ofensivas e defensivas americanas.

O potencial para sabotagem e destruição é "algo que precisamos tratar com muita seriedade", disse o general Keith Alexander em seus primeiros comentários públicos desde que o novo Comando Cibernético dos EUA foi ativado em 21 de maio.

"Enfrentamos uma perigosa combinação de vulnerabilidades conhecidas e desconhecidas, fortes capacidades do adversário e uma baixa situação de alerta", afirmou o militar em audiência no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, em Washington.

"Nosso Departamento de Defesa precisa ser capaz de operar livremente e defender seus recursos no ciberespaço", afirmou.Importantes assessores do presidente americano, Barack Obama, estão avaliando o assunto e como as leis de guerra se aplicam a um ataque digital que utiliza infraestrutura de um país neutro".

Ataques na Estônia

"O que não temos é a precisão que necessitamos nestas regras de ação", disse Alexander. Ele se referiu aos ataques distribuídos de negação de serviço que afetaram atividades dos governos da Estônia, em 2007, e da Geórgia, em 2008.

Alexander também comanda a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, vinculada ao Pentágono. Sistemas do Departamento de Defesa dos EUA são testados por usuários não autorizados cerca de 250 mil vezes por hora, ou mais de 6 milhões de vezes por dia, disse Alexander.

O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, começou a rever as operações cibermilitares do país "como resultado de intrusões sérias em nossas redes confidenciais" no final de 2008, afirmou ele.

O Comando Cibernético dos EUA tem como meta sincronizar os recursos ofensivos e defensivos do país "bem como ampliar as capacidades de inteligência da NSA no apoio de nosso entendimento da ameaça e de nossa capacidade de responder a ela", acrescentou.

Até recentemente, os esforços militares dos EUA no ciberespaço eram administrados por uma série de forças-tarefa "muito dispersas geográfica e institucionalmente, para serem eficientes", afirmou o vice-secretário de Defesa, William Lynn, em nota publicada pelo Wall Street Journal de quinta-feira.

Mais de 100 agências de espionagem e militares estrangeiras estão ativamente tentando penetrar nos sistemas dos EUA e informações sobre armas do país estão nos documentos que foram comprometidos, disse Lynn.

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