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Designer cria conceito de monitor com tamanho variável

22 jul 2010 - 15h34
(atualizado às 23h23)
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Luciano De Sampaio Soares
Baixaki

O designer japonês Mac Funamizu é criador de uma enorme quantidade de conceitos elegantes e de altíssima tecnologia, Mac_Fun - como se chama no ambiente online - traz para o ambiente digital muito do que ele acredita ser a melhor alternativa para gadgets atuais.

O Horizon traz tecnologias ainda em desenvolvimento
O Horizon traz tecnologias ainda em desenvolvimento
Foto: Divulgação

O Horizon (horizonte, em inglês) é a visão de Funamizu para um novo desktop. Praticamente sem cabos, o computador teria como principal diferencial o monitor de tamanho variável. Sim, segundo o designer japonês, a mesma tela de um monitor de 13 polegadas pode facilmente se tornar um "cinema display" de 30 ou 40".

OLED flexível
Essa é a inspiração principal para o Horizon, segundo seu criador. Ao perceber telas flexíveis como as desenvolvidas pelo Universal Display Corporation, surgiu o conceito de criar um monitor que se adapte à necessidade momentânea.

Afinal, não é sempre que alguém precisa de 30 polegadas ou mais para desempenhar uma tarefa no computador. Naturalmente, quem trabalha com imagens ou múltiplas fontes de entrada de conteúdo, assim como gamers, costuma se beneficiar muito de telas enormes, mas ainda assim, existem momentos em que um espaço mais limitado pode ser vantajoso.

No Horizon, o monitor é composto por duas bases laterais. Em uma dessas hastes, a tela é enrolada em um eixo e, de acordo com a necessidade, pode ser desenrolada ou recolhida apenas afastando ou aproximando as partes do monitor uma da outra.

As conexões sem fio já são parte da realidade em termos de mobilidade e comunicação, mas ainda não são exploradas como fonte de suprimento de energia para gadgets. Apesar de a Palm ter lançado o Palm Pre com um carregador por indução, ainda são poucas as empresas que estão aderindo a essa forma de manter a alimentação de equipamentos.

Como é um conceito, é perfeitamente possível que o Horizon utilize indução para manter seu funcionamento, e essa hipótese é reforçada por um dos detalhes do modelo: as portas USB são apoiadas na mesa onde está o PC, e funcionam por transmissão sem fio.

Interação com o usuário
Um computador é tão útil ou bom quanto o seu usuário o faz. Assim, as maneiras pelas quais essa interação acontece podem ajudar ou complicar a eficácia do equipamento.

No caso do Horizon, o designer considerou que - além do teclado - boa parte da entrada de informação aconteceria pelo mouse. Por esse motivo, além de apresentar funções semelhantes às do Magic Mouse da Apple, o apontador do projeto conceitual é um tanto quanto diferente do que se vê no mercado atual.

A grande diferença é o formato quadrado (com bordas arredondadas para evitar acidentes) do acessório. Por ser uma superfície multitouch, com programação de eventos e gestos da mesma forma que o mouse da Apple, os toques em botões e outros comandos no apontador podem ser interpretados em qualquer direção.

Alertas e notificações
A entrada de informação no computador é essencial, porém o retorno de eventos para o usuário também é parte da experiência de utilização.

Todos os principais sistemas operacionais - Windows, Mac OS X e Linux - contam com alguma maneira de alerta e notificação ao usuário. Normalmente, esses dispositivos são apresentados como pequenas janelas em algum dos cantos da tela.

No Horizon, como o tamanho do monitor é variável, Funamizu preferiu utilizar uma outra forma de avisar ao usuário que algo aconteceu. Para isso, na base fixa do monitor existe um pequeno projetor que apresentaria as notificações na mesa em que o computador está. Dessa forma, as notificações não cobrem nada na tela, tornando-as menos invasivas.

Realidade?
Ainda não. Além de ser apenas um conceito, existem dificuldades tecnológicas para a produção do Horizon. O primeiro e principal problema a ser enfrentado é justamente o grande atrativo do computador: o monitor.

Além de as telas OLED flexíveis ainda serem caras e limitadas, o controle da superfície necessário para perceber quanto de tela deve ser ativado a cada momento - já que o enrolar e desenrolar dela é decisão do usuário - ainda está bem longe de ser obtido. Ainda assim, não é impossível que, em alguns anos, algo seguindo essa ideia esteja à venda. É questão de esperar e ver se acontece de fato.

Fonte: Terra
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