Ouro e seda líquida são usados em novos biosensores
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, está desenvolvendo um novo tipo de biosensor feito de ouro e seda líquida, que irá captar sinais em frequências da ordem de terahertz vindos de proteínas, enzimas e outros compostos presentes no organismo. O grupo acredita que a espécie de antena será muito útil na detecção de doenças.
O projeto de pesquisa liderado pelo Prof. Fiorenzo Omenetto e seu colega, Richard Averitt, espanta por utilizar tão nobres materiais em seu sensor, e tem excelentes razões para isso.
Segundo o site Geeky Gadgets, os cientistas contam que o ouro foi escolhido por sua alta condutibilidade, enquanto a seda líquida é biocompatível com o corpo humano, com poucas chances de rejeição. Além disso, "a seda é mais resistente que compostos com o Kevlar, sendo ainda delicada e moldável", comenta Omenetto.
Os pesquisadores acreditam que, no futuro, a antena pode ser utilizada por pacientes diabéticos para controlarem remotamente seus níveis de glicose, evitando que façam os testes diariamente, destaca o site Technology Review. O grupo espera ser o pioneiro neste tipo de tratamento pra a diabetes, enviando os dados coletados para que médicos tenham acesso.
Os resultados de testes feitos com porcos parecem promissores e agora os pesquisadores de Tufts procuram apenas descobrir se o sensor pode detectar as frequências específicas das moléculas de glicose.
Omenetto ainda trabalha em outros tópicos com a combinação de seda com metamateriais, compostos artificiais com características eletromagnéticas diferentes de compostos naturais. Há dois anos, o Science Daily publicou uma matéria sobre um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, que utilizaram metamateriais para a obtenção de uma "capa de invisibilidade", alterando os padrões de reflexão da luz.