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Apesar das boas ideias, RockMelt ainda tem bugs básicos

10 nov 2010 - 08h41
(atualizado em 11/11/2010 às 13h38)
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Rodrigo P. Ghedin
WinAjuda.com

O Netscape foi o primeiro navegador realmente popular, chegando a ter mais de 90% do mercado. Sucumbiu ao Internet Explorer depois que a Microsoft integrou seu navegador ao Windows, mas seu espólio resistiu bravamente, e após uma temporada sombria nas mãos da AOL, seu código-fonte foi liberado e dele originou-se o bem sucedido Firefox.

Grande sacada é que a barra de pesquisa, movida pelo Google, não abre uma nova janela ou aba, mas exibe os resultados em um outro painel flutuante
Grande sacada é que a barra de pesquisa, movida pelo Google, não abre uma nova janela ou aba, mas exibe os resultados em um outro painel flutuante
Foto: Reprodução

Agora, anos depois de conquistar o mundo com o Netscape, Marc Andreessen, criador daquele navegador, volta a investir em outro, o RockMelt (rockmelt.com). Usando o motor do Chromium, projeto open source que é a base do Chrome, do Google, o novo concorrente no acirrado nicho dos navegadores aposta na integração com as redes sociais, notadamente Twitter e Facebook, para buscar seu lugar ao sol.

Não é a primeira vez que um navegador aposta em redes sociais para diferenciar-se. O Flock, ainda na ativa, traz essa premissa já faz alguns anos, e nas últimas versões trocou o motor Gecko, do Firefox, pelo do Chromium. Será que o RockMelt consegue fazer sucesso?

A tática de lançamento apela para o famigerado convite. Cada novo usuário pode convidar três amigos para testarem o navegador, e a cada aceitação ganha mais um convite. Apesar de ser um artifício mal visto pela maioria, surte efeito, gera buzz. Prova disso é o nome do programa constar, nesse momento, nos Trending Topics mundiais do Twitter.

O RockMelt funciona atrelado a uma conta do Facebook, e boa parte da interação que ele proporciona acontece em cima dessa plataforma. Ao entrar, vê-se, de diferente, dois painéis laterais. À esquerda, a lista de contatos para bate-papo. À direita, botões do Facebook, Gmail, Twitter e blogs com atualizações em tempo real. Tudo funciona com painéis flutuantes que, se tiverem atenção, tornam-se janelas independentes.

Na parte de cima da janela, a omnibar, barra única de endereços e pesquisa do Chromium, foi dividida. A grande sacada é que a barra de pesquisa, movida pelo Google, não abre uma nova janela, ou aba, mas exibe os resultados num outro painel flutuante.

Por fim, o botão "Share", que permite compartilhar páginas nas redes cadastradas. O botão fica entre os campos de endereço e pesquisa, bem destacado. Outra forma de compartilhar conteúdo dentro do RockMelt é usando o conceito de arrastar-e-soltar. Praticamente tudo pode ser feito dessa forma.

Apesar das boas ideias, o RockMelt ainda apresenta bugs básicos, como problemas na renderização das janelas de bate-papo e apropriação de atalhos do sistema ¿ o popular Ctrl + Shift + seta lateral, que em situações normais seleciona palavras inteiras, aqui serve para ocultar/mostrar os painéis laterais. Não há nada realmente novo, e para quem trabalha com web, os painéis e a vocação social do RockMelt podem ser uma poderosa arma de distração. Vale a conferida, mas no estágio atual, não desinstale seu navegador padrão ainda.

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