Site da MasterCard é atacado por ativistas pró-WikiLeaks
8 dez2010 - 10h45
(atualizado às 11h10)
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O site da MasterCard foi atacado na manhã desta quarta-feira por um grupo de hackers que apóia Julian Assange, fundador do WikiLeaks, preso nesta terça-feira. O ataque foi motivado pelo anúncio feito pela empresa financieira de que bloquearia os pagamentos que fossem feitos ao WikiLeaks.
O grupo que se diz responsável pelo ataque chama a ação de "Operação Payback". Os hackers já tinham realizado três ataques. Os dois primeiros atingiram o PayPal e seu blog, em razão da suspensão das doações para o WikiLeaks. O ataque resultou em cerca de 8 horas de paralisação do sistema de pagamento. A terceira investida afetou o banco PostFinance.ch, pelo congelamento da conta de Assange, e resultou em 11 horas de inatividade.
O grupo confirmou o ataque pelo seu perfil no Twitter, e ainda fez piada com o slogan famoso da empresa de cartões de créditos. "Existem coisas que o Wikileaks não faz. Para todas as outras, existe Operação Payback", escreveram os hackers. O site mastercard.com continua fora do ar.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco