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Estados Unidos

Hacker afirma que ataques em defesa do WikiLeaks crescerão

9 dez 2010 - 10h22
(atualizado às 11h22)
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Mais ataques de hackers em retaliação pelas tentativas de bloqueio do site WikiLeaks deverão acontecer, como parte de uma guerra cujo objetivo é proteger a liberdade na internet, disse nesta quinta-feira o representante de um dos grupos envolvidos.

Pessoa compra a edição desta segunda-feira do  Der Spiegel  em uma banca em Hamburgo
Pessoa compra a edição desta segunda-feira do Der Spiegel em uma banca em Hamburgo
Foto: Reuters

Apesar de nenhum grande site ter mostrado sinais de ataque no início desta quinta-feira, o jornal sueco Aftonbladet publicou que o site do governo da Suécia ficou fora do ar por alguns períodos durante a noite. A Suécia emitiu o mandado de prisão do fundador do WikiLeaks.

"O Anonymous tomou por alvo principalmente empresas que decidiram, por qualquer que seja a razão, não cooperar com o WikiLeaks. Alguns dos principais alvos são Amazon, MasterCard, Visa e PayPal", disse um porta-voz, que usa o pseudônimo "Coldblood", à BBC Radio 4.

"A campanha não acabou, pelo que vi, e continua forte. Há mais pessoas aderindo, e mais pessoas estão baixando a ferramenta voluntária de botnet que permite que comandem ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS)", acrescentou.

O porta-voz, que falava com sotaque inglês, disse ter 22 anos e ser engenheiro de software. As gigantes de cartões de crédito MasterCard e Visa sofreram ataques online na quarta-feira, devido à retaliação dos simpatizantes do WikiLeaks por medidas tomadas contra o fundador do site, Julian Assange, depois da divulgação de telegramas diplomáticos norte-americanos, causando ira e embaraço no governo do presidente norte-americano, Barack Obama.

"Vejo a situação como uma guerra, mas não uma guerra convencional. É uma guerra de dados. Estamos tentando manter a internet livre e aberta para todos, exatamente como a internet sempre foi," disse "Coldblood."

Assange está detido em uma prisão londrina, como resultado de alegações de um ataque sexual na Suécia. Seus defensores afirmam que as acusações contra ele têm motivação política.

"É difícil identificar as pessoas que colaboram com o WikiLeaks. A única (pessoa) facilmente identificável é Julian, e ele infelizmente está indisponível no momento," disse "Coldblood."

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