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Anonymous: "não somos hackers, mas cidadãos da internet"

10 dez 2010 - 13h58
(atualizado em 15/12/2010 às 15h52)
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Os ativistas do grupo que coletivamente se chama de Anonymous, divulgaram nota afirmando que não são hackers, mas sim "cidadãos comuns da internet", de acordo com a agência Reuters. "Não queremos roubar suas informações pessoais ou números de cartões de crédito. Também não queremos atacar infraestrutura crítica de companhias como Mastercard, Visa, PayPal e Amazon", diz a nota.

Lula defende dono do WikiLeaks durante discurso do PAC:

"O ponto da Operation Payback nunca foi atacar infraestrutura crítica de qualquer das companhias ou organizações afetadas. Em vez disso, nos concentramos em seus sites corporativos, o que é equivalente à 'imagem online' delas. É uma ação simbólica."

Segundo a agência Efe, o grupo Anonymous declarou que, embora as empresas tenham justificado sua ações pelo fato de o WikiLeaks estar envolvido em atividades ilegais, "os tribunais que devem decidir o que é ilegal e o que não é".

O grupo também disse que a "MasterCard aceita pagamentos que vão para o Ku Klux Klan (KKK, grupo racista americano) e não os bloqueia apesar de "em 1870, um júri federal ter determinado que o KKK é uma organização terrorista".

O documento acrescentou ainda que o "WikiLeaks não é uma organização criminosa, mas serve apenas às pessoas do mundo livre e aos usuários da internet".

Estes ativistas que estão atacando companhias consideradas inimigas do WikiLeaks tentaram bloquear o funcionamento do site da empresa de pagamento online Moneybookers nesta sexta-feira, mas negaram que estejam promovendo campanha para prejudicar a atividade econômica. Alguns membros desses grupos que se comunicam por canais da internet também defenderam ataques contra sites do governo da Holanda após a prisão em Haia, na quinta-feira, de um jovem de 16 anos suspeito de envolvimento nos ataques.

Os ativistas afirmaram que a Moneybookers se tornou um alvo porque informou ao WikiLeaks em agosto que iria fechar a conta do site no serviço para atender a investigações de vários governos sobre possível esquema de lavagem de dinheiro e outros assuntos.

Uma série de instituições norte-americanas parou de fornecer serviços ao WikiLeaks depois que o site publicou milhares de relatórios diplomáticos secretos dos Estados Unidos que causaram tensão entre Washington e vários aliados.

O ataque contra a Moneybookers parece ter bloqueado o site por alguns minutos antes da página voltar ao ar nesta sexta-feira. Os ativistas prometeram continuar o ataque e citaram o site da Interpol como possível alvo.

"Se não entrarmos em pânico e crescermos, ninguém poderá nos parar", disse um participante de um canal de internet usado para o que os ativistas chamam de "Operação Payback".

Em comunicado, a Moneybookers confirmou que seu site ficou indisponível por alguns minutos, mas que o serviço voltou a funcionar. "À luz dos recentes eventos, reforçamos a segurança e aplicamos vigilância adicional. Apesar dos ataques, continuamos a fornecer nossos serviços 24 horas por dia, 7 dias por semana", afirmou a empresa.



Fonte: Redação Terra
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