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Agência de códigos dos EUA opera em regime de ameaça grave

17 dez 2010 - 10h28
(atualizado às 11h02)
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A principal agência de criação e decifração de códigos do governo dos Estados Unidos está trabalhando sob a suposição de que inimigos podem ter violado até mesmo as mais sigilosas das redes de computadores da segurança nacional que ela protege.

WikiLeaks começou a divulgar acervo de 250 mil cabogramas diplomáticos
WikiLeaks começou a divulgar acervo de 250 mil cabogramas diplomáticos
Foto: AFP

"Não podemos considerar nada mais como 'seguro'," disse Deborah Plunkett, da National Security Agency (NSA), em meio à ira e embaraço dos EUA quanto à revelação de cabogramas diplomáticos sigilosos pelo site WikiLeaks.

"Os mais sofisticados adversários poderão atuar despercebidos em nossas redes", acrescentou. Deborah comanda a diretoria de proteção de informações da NSA, que é responsável por proteger as informações sensíveis de segurança nacional e as redes de computadores desse setor, das trincheiras à Casa Branca.

"Temos de construir nossos sistemas sob a suposição de que os adversários conseguirão penetrá-los", disse ela em um fórum de segurança na computação patrocinado pelas revistas Atlantic e Government Executive. Os EUA não podem depositar sua confiança "em diferentes componentes do sistema que já podem ter sido violados", acrescentou Deborah, em uma das raras ocasiões em que a NSA se expressa em público sobre o tema.

A NSA precisa constantemente refinar sua abordagem, disse ela, acrescentando que não existe um "estado estático de segurança". Mais de 100 organizações estrangeiras de inteligência estão tentando invadir redes norte-americanas, escreveu o secretário assistente da Defesa William Lynn em artigo para a edição setembro/outubro da revista Foreign Affairs. Algumas delas já têm a capacidade de perturbar a infraestrutura de informação dos EUA, afirmou.

Deborah se recusou a comentar sobre o WikiLeaks, que começou a divulgar seu acervo de 250 mil cabogramas diplomáticos, os quais incluem detalhes sobre instalações no exterior que funcionários do governo dos EUA consideram como vitais para a segurança norte-americana.

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