Apple retira aplicativo do WikiLeaks do iTunes
A Apple removeu da sua loja de aplicativos um software que dava acesso aos documentos vazados pelo WikiLeaks diretamente no iPhone, iPad e iPod touch. Segundo o TechCrunch, o WikiLeaks App foi colocado à venda no iTunes na última sexta-feira, e também dava acesso aos tweets do serviço.
O aplicativo custava US$ 1,99 na loja virtual. A retirada do programa do iTunes acabou levando "WikiLeaks App" para os trending Topics mundiais do Twitter, com os usuários reclamando da retirada do software.
A Apple não é a primeira empresa a enfrentar o WikiLeaks. Amazon, PayPal, MasterCard e Visa são algumas companhias que boicotaram o site. O cerco aos vazamentos de Julian Assange levou um grupo de hackers chamado de "Anonymous" a derrubar diversos sites "inimigos" do WikiLeaks.
O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.
Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.