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Conheça o homem que está no lugar de Steve Jobs

23 jan 2011 - 14h54
(atualizado em 24/1/2011 às 13h12)
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Não é a primeira vez que Timothy D. Cook, diretor de operações, fica à frente na Apple: foi ele quem tocou o barco em 2004, por dois meses, quando o capitão passou por uma cirurgia. Depois, por vários meses em 2009, quando Steve Jobs fez um transplante de fígado, e com muito sucesso: após uma queda inicial, quando a saída de Jobs se tornou pública, em seis meses as ações da companhia subiram cerca de 70%, lembra a BBC. Tim Cook chegou a receber um bônus de US$ 5 milhões pelo "desempenho excepcional" durante este segundo período.

Ainda como CCO da Apple, Tim Cook participou do anúncio do iPhone pela operadora Verizon, em janeiro deste ano
Ainda como CCO da Apple, Tim Cook participou do anúncio do iPhone pela operadora Verizon, em janeiro deste ano
Foto: AFP

Novamente - e nesta terceira vez não se sabe por quanto tempo - ele será o cabeça da Apple. Analistas e estudiosos do setor de tecnologia consideram que ele tem capacidade de sobra para isso, como Michael Gartenberg, do Gartner, para quem Cook pode "manejar a companhia de forma bastante efetiva".

Aos 50 anos, Tim Cook tem fama de reservado e é um "viciado em trabalho que, além da Apple, se interessa por ciclismo, estar ao ar livre e o time de futebol americano de Auburn", diz a revista Forbes. Nascido no Alabama em novembro de 1960, formou-se engenheiro na Universidade Auburn e tem MBA pela Universidade Duke. Segundo a Wikipedia, ele começa o dia mandando emails às 4h30, e costuma fazer reuniões por telefone, no domingo à noite, para 'preparar a semana'.

Ele gosta que a companhia funcione perfeitamente e é seu trabalho manter os números financeiros positivos, os ganhos elevados e os custos baixos. Ele é conhecido também por dividir com Jobs um estilo de liderança que revisa, questiona e autoriza cada detalhe do trabalho. Quem os conhece diz que, ainda que partilhe do fervor de Jobs pela empresa, o jeito de Cook é totalmente oposto. Jobs é apaixonado, exaltado e emotivo, Cook é calmo, frio e totalmente racional.

Cook entrou para o time da Apple em 1998, depois de passar pela Compaq e pela IBM, logo após o próprio Jobs ter retornado à companhia. Eficiente, tão logo chegou tratou de fechar unidades próprias, vender estoques e tomar outras medidas para que a empresa reduzisse os custos e continuasse a ser viável; em seguida fez acordos com fabricantes asiáticos para produção de alguns componentes. Foi ganhando a confiança de Jobs até chegar a ser o segundo em comando na Apple.

Racional, disciplinado, entusiasta dos exercícios físicos, o homem das operações, dos números e da eficiência - mas não da criação. Como desta vez não se sabe por quanto tempo Jobs ficará fora da empresa - e já há quem diga que talvez ele não volte -, Cook parece fadado a se tornar o próximo CEO de uma das mais importantes companhias de tecnologia do mundo. Especula-se quem manterá a inovação e a criativade que sempre caracterizaram a Apple, já que Cook é gestor mas não criador. É esperar para ver.

Fonte: Redação Terra
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