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Governo brasileiro estuda incentivos à produção de tablets

4 fev 2011 - 15h48
(atualizado às 18h15)
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O Governo brasileiro está estudando a concessão de incentivos fiscais a empresas que produzam tablets no país como forma de reduzir o preço destes equipamentos e popularizá-los, informou nesta sexta-feira o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, o Governo está realizando uma revisão de sua política industrial e das condições tributárias para ver se é possível oferecer incentivos a esses equipamentos. O ministro assegurou que o mais provável é que os tablets portáteis com tela sensível ao toque e acesso a internet sejam incluídos no programa "Computador para todos", uma política que oferece diferentes isenções fiscais às empresas que produzem computadores de mesa e portáteis no país e que permitiu uma significativa redução dos preços dos equipamentos.

Ele afirmou que, graças a esse programa, foram vendidos no ano passado mais de 14 milhões de computadores fabricados no Brasil. "Se incluirmos o tablet nesse programa, podemos baratear bastante", disse. Por enquanto, nenhuma empresa brasileira produz tablets eletrônicos, embora algumas já fabriquem alguns leitores digitais. O ministro afirmou que discutirá os possíveis incentivos para reduzir os preços dos tablets com dirigentes da Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) com os quais se reunirá ainda nesta sexta-feira.

Acrescentou que já discutiu o assunto com algumas empresas, entre elas a Positivo Informática, a maior fabricante de computadores do país, que já produz um leitor eletrônico e tem planos para produzir tablets. Ele também disse que na quarta-feira passada se reuniu com a vice-presidente mundial para assuntos governamentais da Apple, Catherine Novelli, diante do interesse da multinacional em conhecer as iniciativas do Brasil para os tablets e em ampliar sua participação no mercado brasileiro.

A Positivo Informática anunciou em dezembro passado uma associação de joint venture com a argentina BGH para entrar nos mercados de informática argentino e uruguaio e produzir tablets na Argentina. A empresa brasileira informou que investirá inicialmente US$ 800 milhões na construção de uma fábrica na província argentina de Terra do Fogo que compartilhará com a BGH e na qual serão fabricados computadores de mesa e portáteis, leitores eletrônicos e tablets eletrônicos.

EFE   
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