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TV com holograma é nova fronteira do 3D

14 fev 2011 - 13h07
(atualizado em 28/2/2011 às 17h31)
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Um protótipo de televisor já é capaz de gerar hologramas monocromáticos e coloridos, com a vantagem de não forçar os olhos do espectador. Especialistas afirmam que telas com imagens tridimensionais forçam os nossos olhos a trabalhar de forma antinatural.

Protótipo atual ainda não lida tão bem com muitas cores
Protótipo atual ainda não lida tão bem com muitas cores
Foto: BBC Brasil

No mundo real, quando se observa um objeto, os olhos focalizam e convergem para um mesmo ponto. Mas quando se vê imagens 3D, embora os olhos focalizem objetos que supostamente estariam na frente ou atrás da tela, na realidade, eles continuam convergindo sobre a tela. Isso acontece em 3D tanto com quanto sem óculos.

Por isso, críticos dizem que assistir a muitas horas de TV tridimensional ou a imagens em que a profundidade do 3D é grande demais, pode forçar os olhos e provocar dores de cabeça. Tanto assim que muitos fabricantes de equipamentos 3D recomendam que crianças jovens sequer assistam televisão.

Os hologramas podem se transformar na alternativa mais saudável. No atual protótipo, as imagens ainda são tremidas e tênues, e isso no modo monocromático. Colorido é pior ainda. Por outro lado, a tecnologia é capaz de reproduzir tanto imagens de computador quanto filmes feitos em 3D. O princípio é o mesmo usado em fotos holográficas, que surgiram nas últimas décadas.

Fachos de luz
As imagens são armazenadas em filme ou neste caso, reproduzida na tela, através de uma complexa rede de interferências que só formam uma imagem quando vistas do ângulo correto e sob a iluminação perfeita.

Para cada objeto na cena, fachos de luz são projetados da tela para convergirem no ponto em que o objeto realmente estaria. Isso significa que os olhos podem convergir para e focalizar o mesmo ponto. E é isso que os olhos fazem na vida real, diferentemente do que acontece na atual tecnologia 3D.

Limitação
O problema é que para que as imagens possam ser vistas de vários ângulos, a TV precisaria produzir muito mais fachos de luz e interferências, o que necessitaria de uma quantidade enorme de informações. O atual protótipo driblou esta limitação com um sistema que identifica os olhos do espectador para dessa forma projetar a luz no ponto ideal.

Atualmente, o máximo que o sistema pode fazer é acompanhar os movimentos de quatro pares de olhos de uma só vez, criando os respectivos hologramas. A expectativa é que a tecnologia avance a ponto de os primeiros televisores holográficos chegarem ao mercado no fim do ano que vem.

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