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Site oferece jovens para trabalhar de roupa íntima na França

15 fev 2011 - 16h12
(atualizado às 17h53)
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Uma empresa que oferece mulheres jovens para limpar casas vestindo roupas íntimas gerou polêmica na França e levou vários políticos a pedirem o fechamento do site que vende esse serviço erótico.

O preço do serviço oscila entre 95 e 150 euros por hora
O preço do serviço oscila entre 95 e 150 euros por hora
Foto: Reprodução

A empresa Sensual Clean Service coloca à disposição do cliente um leque de mulheres com corpos esculturais para uma limpeza "irretocável" da casa, equipadas com um espanador "e toda sua sensualidade", a um preço que oscila entre 95 e 150 euros (equivalente a entre R$ 214 e R$ 337) por hora. Os serviços incluem tirar o pó, passar o aspirador, esfregar o chão e fazer a cama, todos eles com uma roupa pensada para "transformar em realidade as fantasias" dos clientes, explica a empresa em seu site.

A iniciativa não demorou a gerar polêmica entre prefeitos franceses e associações feministas, que denunciaram o "insulto à imagem da mulher", e pediram às autoridades públicas que intervenham para proibir o serviço por seu conteúdo "degradante". A porta-voz da organização Osez le féminisme, Caroline de Haas, explicou que o site "simboliza o grande problema da sociedade sobre a sexualidade e o corpo".

Caroline lamentou que a empresa coloque o corpo de jovens meninas "à disposição dos homens para satisfazer seus desejos", e criticou a diferenciação da sexualidade por parte da sociedade que faz com que as mulheres "nunca sejam sujeito, mas objeto" de desejo. A prefeita do município de Vénissieux, Michèle Picard, denunciou a "instrumentalização de mulheres-objeto" e chegou a solicitar por carta ao procurador de Lyon que "esclareça o assunto" para determinar a legalidade da atividade, segundo o jornal Le Parisien.

Por sua parte, o impulsor da iniciativa, Johann Blazy, lembrou em declarações ao jornal que "já existem muitas empresas que propõem 'strip-tease' fora de casa, para aniversários, sem que ninguém se escandalize". "Não se trata de prostituição nem de damas de companhia. O contrato estabelece que os clientes não têm direito nem de tocar nem de filmar as funcionárias", especificou.

Uma das jovens da Sensual Clean Service, uma estudante de 21 anos com o pseudônimo Eva, diz que ficou "surpresa" pelas pessoas que "dão lições de moral". Eva aceitou a oferta de trabalho "para ganhar um pouco mais de dinheiro" e garantiu que ninguém a força a trabalhar. E chamou de "hipócritas" as pessoas que criticam o projeto, ao mesmo tempo em que lembrou que existem canais de televisão onde "as meninas se exibem 24 horas por dia".

EFE   
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