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Brasil é líder em ameaças online na América Latina, diz estudo

13 abr 2011 - 14h12
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O Brasil manteve, em 2010, a primeira posição como principal fonte de atividade maliciosa na internet latino-americana, sendo responsável por 44% na região, de acordo com o 16ª edição do Relatório sobre Ameaças à segurança na Internet, divulgado nesta quarta-feira pela Symantec em São Paulo. Em 2009, o Brasil respondia por 42% da atividade maliciosa online na área.

No mundo, o País é responsável apenas por 5% das atividades maliciosas online, aparecendo em quarto lugar, atrás de Estados Unidos (19%), China (16%) e Alemanha (5%). A fabricante de produtos de segurança define "atividades maliciosas" na internet como a distribuição de código malicioso (malware), redes zumbi de spam, hospedeiros de phishing, bots e ataques a redes.

Segundo a Symantec, o primeiro lugar do Brasil na região da América Latina se deve ao maior número de conexões de banda larga na região e à grande quantidade de botnets encontrados no País (e que enviam spam e phishing). Por outro lado, na lista de países que mais atacam a América Latina, aparecem EUA (50%), México (14%) e Brasil (7%).

Apenas em 2010, foram detectados mais de 286 milhões de variantes de "malware" online pela Symantec. A empresa registrou um aumento de 93% nos ataques via web no período, causados pela proliferação de toolkits (pacotes prontos de software para criar código malicioso) e o uso de URLs reduzidas (65% dos endereços com código malicioso foram divulgados via redes sociais).

Além disso, 6.253 novas vulnerabilidades em aplicativos e sistemas operacionais foram registradas em 2010, sendo 14 delas chamadas do tipo "dia zero", até então desconhecidas por fabricantes de antivírus. Entre os programas afetados por falhas do "dia zero" estão Internet Explorer, Adobe Reader e Adobe Flash Player.

Em 2010, indica o relatório, foram ainda expostas mais de 260 mil identidades pessoais devido a brechas de segurança exploradas por hackers ao longo do ano, e mais de 1 milhão de "bots" (máquinas infectadas para disseminar spam, entre outro malware) foram registrados. Uma rede de 15 mil "bots" custa US$ 15 no mercado negro, diz a pesquisa, assim como um número de cartão de crédito roubado varia entre US$ 0,07 e US$ 100. A Symantec relata que 74% do spam enviado no ano foi relacionado à indústria farmacêutica.

Além do diagnóstico de 2010, a Symantec fez uma previsão das principais ameaças para 2011. A companhia identifica os ataques direcionados (com pragas como Hydraq e Stuxnet) como um problema crescente, já que afetam alvos específicos. "A ameaça sai do mundo da tecnologia da informação e passa a atingir a capacidade produtiva das empresas", explicou Paulo Vendramini, diretor comercial da Symantec Brasil.

As redes sociais e sua segurança continuam no foco das ameaças online, de acordo com a companhia, assim como as vulnerabilidades do dia zero, os rootkits/toolkits usados para criar malware que ficam mais elaborados. Finalmente, 2011 é o ano para se preocupar com os dispositivos móveis: somente em 2010, foram descobertas 163 vulnerabilidades em aparelhos móveis, contra 115 em 2009. "Se tem uma aplicação rodando, tem chance de ter uma vulnerabilidade", conclui Vendramini.

Fonte: Zumo Notícias
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