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G8 da internet pede aos governos prudência na regulação da rede

25 mai 2011 - 16h37
(atualizado às 17h01)
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A cúpula tecnológica do G8, que reuniu durante dois dias algumas das principais personalidades do mundo da internet, concluiu nessa quarta-feira com um pedido geral aos governos para que sejam "muito prudentes" na regulação de seu uso.

Papel do estado na regulamentação da internet foi principal tema da conferência
Papel do estado na regulamentação da internet foi principal tema da conferência
Foto: AP

Tal gesto foi a resposta ao desafio lançado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, promotor do encontro que pediu que os participantes do fórum concretizassem o papel que os estados devem ter na revolução digital da rede. Oito dos "gurus" da web exporão na quinta-feira aos oito líderes dos países mais industrializados as conclusões de dois dias de intensos debates que contaram com a presença, entre outros, dos responsáveis de Facebook, Google, Wikipedia e eBay.

Sarkozy tinha advertido na abertura do encontro que o desafio surgido com a internet não poderia ficar às custas da vigilância dos governos, "os únicos representantes legítimos da vontade geral".

Ao mesmo tempo, alertou dos perigos existentes para a proteção da infância, dos direitos autorais, e do uso para fins violentos que comporta um mal uso da rede. Mas, na mesa-redonda que encerrou o encontro, a maioria dos conferentes mostrou ressalvas ao intervencionismo estatal para regular o uso da internet e, por sua vez, pediu aos Governos que facilitem um acesso universal à banda larga.

"A internet potencia o crescimento econômico e a criação de emprego", lembraram os participantes, que pediram aos líderes mundiais que não "rompam" essa dinâmica com novas limitações legais que ponham em perigo o "espírito empreendedor" da rede.

No entanto, os participantes defenderam o papel controlador dos poderes políticos na regulação da segurança e da privacidade na rede, naqueles casos quando o setor público não garante sozinho um equilíbrio satisfatório.

O fato de que o acesso à rede permaneça nas mãos de "poucos guardiões" foi outro dos aspectos que alguns participantes assinalaram a regulação governamental como positiva para favorecer a concorrência.

Mas o encontro concluiu que a internet deve ser um espaço de liberdade, e a melhor prova disso é o sucesso da rede social Facebook, à qual Sarkozy reconheceu um papel preponderante no desenvolvimento das revoltas no Egito e Tunísia, tal importância que foi minimizada pelo fundador do site, Mark Zuckerberg, que considerou que o Facebook não foi "nem necessário nem suficiente" no início das revoltas árabes.

"Se não tivesse sido pelo Facebook, teria sido com a ajuda de outra coisa", afirmou o multimilionário, estrela da segunda sessão do encontro. Vestido com calça jeans, Zuckerberg assegurou que o desejo de compartilhar experiências explica o sucesso da rede social, e que essa necessidade "chegou para ficar". "Estamos mais próximos do início desta tendência que do final", concluiu Zuckerberg.

EFE   
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