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fisl12: "Google não é rival", diz diretor da Intel sobre o MeeGo

30 jun 2011 - 12h46
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Rafael Maia
Direto de Porto Alegre

Em meio à polêmica saída da Nokia da parceria com a Intel para construir o MeeGo - novo sistema operacional para dispositivos móveis, a Intel, agora sozinha nesse barco, espera mais e não teme a forte e poderosa concorrência do gigante Android. Para o diretor global da empresa, James A. Beasley, o sistema operacional do Google não é encarado como competição. "O Google não é um rival para nós, há espaço para todo mundo no universo da tecnologia", disse o diretor ao Terra durante a fisl12 - Fórum Internacional Software Livre -, que acontece até o dia 2 de julho em Porto Alegre.

Para o diretor global da Intel, James A. Beasley, o sistema operacional do Google não é encarado como competição
Para o diretor global da Intel, James A. Beasley, o sistema operacional do Google não é encarado como competição
Foto: Nabor Goulart/Ag. Freelancer / Especial para Terra

O MeeGo é um sistema operacional de código aberto da distribuição Linux. E como tal, ressalta James, é difícil que o MeeGo esteja do lado contrário ao do Android, pois não existe cenário em que se possa colocar dois desenvolvedores de sistemas operacionais de código aberto para dispositivos móveis em lados opostos. "Nós estamos juntos. O Google pode entrar no nosso código e utilizá-lo enquanto nós podemos fazer o mesmo com eles. É uma construção conjunta", afirmou o diretor.

É esta natureza "livre" do MeeGo, aliás, que pode garantir não só o sucesso de utilização do software no mundo, como também pode conquistar a confiança do usuário. Para James, é uma questão de tempo e de adaptação para que este cenário se realize. "Não tem porquê um usuário pagar por alguma coisa que ele pode ter de graça", falou James, ressaltando a necessidade de que as pessoas entendam que ter algo de graça não significa adquirir algo ruim ou mal feito.

Quanto à saída da Nokia do empreendimento - o que poderia representar um obstáculo para a consolidação do MeeGo já que a empresa serviria de suporte prático para o sistema operacional em seus dispositivos móveis, James não parece receoso. Para o diretor, o MeeGo por si só se garante porque consegue trazer para um software de código aberto a beleza e a funcionalidade de um software pago.

De acordo com James, que tem o cartão de apresentação escrito em inglês e em chinês, diversas empresas orientais têm escolhido espontaneamente utilizar o MeeGo nos dispositvos móveis, como a Toshiba e a Lenovo. O responsável pela aceitação seria o claro foco do novo sistema operacional na experiência do usuário comum. "Não pensamos somente nos caras da internet. Pensamos em todo mundo", concluiu James.

Fonte: Terra
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