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Jornal estatal chinês pede controle mais rígido da internet

2 set 2011 - 17h10
(atualizado às 18h15)
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O controle do Partido Comunista chinês ficará em risco a menos que o governo tome atitudes mais firmes para impedir que a opinião exposta na internet seja moldada por inimigos políticos cada vez mais organizados, afirmou uma equipe de membros do partido em comunicado publicado nesta sexta-feira.

O longo comentário na edição internacional do Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista da China, é mais um sinal de que Pequim, sacudida pela audiência e influência crescente de sites como o Twitter, está avaliando novas maneiras de controlar opiniões expostas na internet.

Autoridades e a mídia chinesa têm se queixado recentemente da propagação de danos e rumores infundados na internet. Mas o comentário leva a questão política a outro patamar, argumentando que adversários organizados e subversivos estão explorando a regulamentação desatualizada para inflamar a opinião pública e espalhar suas opiniões. O comunicado pediu mudanças na forma como a China controla inovações na Internet.

"Opiniões publicadas na Internet são espontâneas, mas cada vez mais mostram sinais de se tornarem organizadas", disse o comentário assinado por uma equipe de escritores para o jornal do Partido Comunista Qiushi, que significa "busca da verdade".

Um comentário no Diário do Povo não equivale a um pronunciamento sobre uma política do governo, e pode refletir uma corrente de pensamento mais conservadora do debate oficial. Mas ele se soma a sinais de que Pequim está se inclinando para um maior controle da internet. A China já filtra rigidamente a internet e bloqueia populares sites estrangeiros como Facebook, YouTube e Twitter.

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