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Reparos em celulares Android custam bilhões a operadoras

3 nov 2011 - 09h43
(atualizado às 10h03)
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Equipar celulares baratos com versões mais antigas do sistema operacional Android, do Google, pode elevar em até US$ 2 bilhões os custos das operadoras de telefonia móvel com reparos de aparelhos, aponta um estudo da WDS, uma companhia de serviços do setor de telefonia móvel.

Android é o sistema operacional do Google para smartphones e tablets
Android é o sistema operacional do Google para smartphones e tablets
Foto: AFP

Falhas caras de software são mais comuns em aparelhos equipados com o Android do que nos Apple iPhone ou nos BlackBerry da Research in Motion, empresas que tem controle elevado sobre os componentes usados em seus produtos, apontam os dados da WDS.

Modelos Android mais baratos, com custo de produção da ordem de apenas US$ 100, ajudaram a plataforma a se tornar dominante no segmento de celulares inteligentes, atraindo dezenas de fabricantes que variam da sul-coreana Samsung Electronics a fabricantes asiáticos sem marca.

"Embora o preço pareça atraente, quando você considera o custo total de propriedade do aparelho a história muda", disse Tim Deluca-Smith, vice-presidente de marketing da WDS, que opera centrais terceirizadas de assistência para o setor de telecomunicações.

A participação do Android no mercado de celulares inteligentes subiu a 57% no terceiro trimestre, ante 25% no ano anterior e apenas três por cento dois anos atrás em função do sucesso de modelos criados por Samsung, HTC e Sony Ericsson, de acordo com o grupo de pesquisa Canalys.

Deluca-Smith disse que, embora o Android tenha ajudado a popularizar o uso de celulares inteligentes, isso acarreta certo custo, especialmente quando as operadoras oferecem aparelhos mais baratos e de marcas menos conhecidas.

"No momento, o Android tem algo de faroeste", disse. Em sua avaliação, o retorno de um celular à operadora para assistência técnica custa em média 80 libras, incluindo serviços, transporte e o custo de substituição do aparelho. O estudo se baseia em 600 mil pedidos telefônicos de assistência técnica atendidos pela WDS na Europa, América do Norte, África do Sul e Austrália.

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