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Zuckerberg quer que Facebook seja "líder em privacidade"

30 nov 2011 - 10h42
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Após assinar um acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos, Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook, fez um post no blog oficial da rede se manifestando sobre o entendimento. Acusado de "enganar" os consumidores quando mudou a política de privacidade em 2009, o Facebook se comprometeu, na terça-feira, a pedir autorização aos usuários sempre que alterar as regras de compartilhamento do site.

CEO e fundador do Facebook acredita que acordo com FTC "ajuda a estabelecer padrões para a indústria" mundial
CEO e fundador do Facebook acredita que acordo com FTC "ajuda a estabelecer padrões para a indústria" mundial
Foto: AP

"Sou comprometido em fazer o Facebook ser o líder em transparência e controle de privacidade", afirma o executivo no post. Ele aponta uma série de melhorias implantadas neste ano para ampliar o controle que o usuário tem sobre seu conteúdo, e avalia que esse controle é um fator chave para que as pessoas se sintam seguras para compartilhar informações online.

Sobre o acordo com a FTC, Zuckerberg lembra que Google e Twitter chegaram a entendimentos semelhantes recentemente. "Esses acordos criam um escopo de como as companhias deveriam abordar a privacidade nos Estados Unidos e em todo o mundo", opina o fundador do Facebook, para quem os compromissos também "ajudam a dar forma a um novo padrão de privacidade para a nossa indústria".

O texto do blog não perde a oportunidade e sai em defesa da rede social fundada pelo CEO. Zuckerberg argumenta que algumas das reclamações da FTC já haviam sido corrigidas antes da assinatura do acordo. "Reclamaram do programa Verified Apps, que encerramos há quase dois anos, em dezembro de 2009", exemplifica.

O acordo com a FTC também prevê auditorias periódicas no Facebook para avaliar as práticas da empresa em relação à privacidade dos usuários. Segundo Zuckerberg, as auditorias serão feitas a cada dois anos por uma empresa externa.

Também foram criados dois cargos para monitorar a questão e "garantir que nosso compromissos serão refletidos no que fazemos interna e externamente". Erin Egan assume a recém-criada posição de Executiva-chefe de Políticas de Privacidade, e vai "liderar o engajamento de abertura ao público global e de debate sobre privacidade online". Egan era codiretora de um escritório de advogados especializado em privacidade e segurança de dados. Michael Richter, até então conselheiro-chefe de privacidade, assume como Executivo-chefe de Privacidade em Produtos, e vai "expandir, melhorar e formalizar os programas já existentes de revisão interna de políticas de privacidade".

"No geral, acho que temos uma boa história em oferecer transparência e controle sobre quem pode ver suas informações", disse Zuckerberg. "Mas acredito que um pequeno número de erros importantes, como o Beacon quatro anos atrás e a execução pobre na transição do nosso modelo de privacidade, há dois anos, ofuscaram muito do bom trabalho que fizemos", admitiu.

"Continuaremos a melhorar o serviço, construir novas formas para você compartilhar e oferecer novos modos de proteger você e sua informação melhor do que qualquer outra companhia no mundo", conclui Zuckerberg.

Fonte: Terra
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