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Na Coreia do Sul, Samsung nega acusações de coleta de dados

5 dez 2011 - 17h04
(atualizado às 17h08)
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A Samsung negou as acusações de que coletaria dados dos seus usuários na Coreia do Sul segundo informações da agência local de notícias Yonhap, citada pelo site The Next Web. A acusação foi feita por pesquisadores da Escola de Segurança da Informação da Universidade da Coreia. De acordo com os estudiosos, o Galaxy S, o Galaxy S II e Galaxy Note viriam com um software que recolhe dados já instalado.

A Samsung é uma fabricante de eletrônicos da Coreia do Sul
A Samsung é uma fabricante de eletrônicos da Coreia do Sul
Foto: AFP

Segundo o estudo, que diz respeito apenas aos dispositivos na Coreia, o software pode coletar e armazenar as informações relativas a cada proprietário do telefone, como números de contato e informações de localização. A Samsung negou a existência do software e de qualquer programa que recolha de dados sobre os telefones de seus clientes em comunicado à imprensa.

As alegações surgem apenas uma semana depois que a Apple e outros fabricantes enfrentaram críticas pela inclusão de um software que coleta dados, o IQ Carrier, em seus sistemas operacionais. Apple, HTC, Samsung e Motorola, além das operadoras Sprint, T-Mobile e AT&T foram nomeados em uma ação coletiva movida em Delaware no Tribunal Federal.

Recentemente, o Carrier IQ lançou uma campanha para limpar o seu nome sobre as denúncias, afirmando que agiu em nome dos fabricantes para monitorar em que condições as chamadas ocorrem e quando as mensagens SMS falham para que os engenheiros possam avaliar as causas dos problemas.

Entenda o caso

O pesquisador de segurança Trevor Eckhart postou um vídeo no YouTube em que detalha um software oculto instalado em smartphones que registra e transmite tudo que o usuário faz no celular. As informações incluem mensagens de texto, buscas no Google, números de telefones discados, URL de sites visitados no telefone, mesmo que o usuário pretenda criptografar os dados usando uma URL que comece com "HTTPS", e muitops outros dados. O software da empresa Carrier IQ descoberto pelo pesquisador vem pré-instalado em uma infinidade de aparelhos, como HTC, BlackBerry, Nokia, iPhone, entre outros.

O programa foi chamado por Eckhart de "rootkit", termo de segurança para softwares que são executados em segundo plano, sem o conhecimento do usuário, e comumente usado em arquivos maliciosos. Em nota em seu site, a Carrier IQ afirma que a empresa fornece informações "sobre o desempenho de dispositivos móveis e redes para ajudar as operadoras e fabricantes de aparelhos no fornecimento de produtos e serviços de alta qualidade aos seus clientes".

Eckhart foi ameaçado por um processo pela Carrier IQ por mostrar memorandos internos da empresa e como ela coletava dados de milhões de usuários Androids para entregá-los às operadoras, mas a companhia voltou atrás depois que a Electronic Frontier Foundation, um grupo de direito digital, saiu em defesa do pesquisador.

Fonte: Terra
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