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Usar energia solar para carregar celular é possível, diz Nokia

4 jan 2012 - 16h15
(atualizado às 16h16)
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A Nokia divulgou nesta quarta-feira, em seu blog, os resultados de um projeto que previa usar energia solar como fonte única de energia para um celular. "É possível mas desafiador", definiram os pesquisador, que tiraram como conclusão principal do projeto que ainda é difícil obter energia suficiente para muitas horas de conversação - ainda que no modo stand-by a quantidade seja razoável.

Projeto que criou celular movido a energia solar concluiu que carga obtida serve para modo stand-by mas ainda não é suficiente para garantir conversação
Projeto que criou celular movido a energia solar concluiu que carga obtida serve para modo stand-by mas ainda não é suficiente para garantir conversação
Foto: Divulgação

Segundo o blog da companhia, a pesquisa começou com o protótipo de um telefone com um painel solar integrado na parte traseira da capa, para captação de energia solar. Como a ideia, além do lado sustentável tinha uma questão prática - permitir a recarga em ambientes sem energia elétrica ou com abastecimento irregular -, o próximo passo foi testar o modelo em diferentes ambientes. Cinco equipes foram destacadas para isso: dois aparelhos foram para o norte do Círculo Ártico, outro para o sul da Suécia, mais um para o Quênia e o último foi velejar no Oceano Báltico.

Durante o verão finlandês, período de realização dos testes, as equipes postavam informações sobre o processo no blog Nokia Solar Charging, criado para o projeto. Os posts também incluíram 10 artigos sobre usos de energia solar, como parte da estratégia de atrair a atenção das pessoas e ampliar seu conhecimento do assunto.

E o que a equipe da Nokia aprendeu durante os testes? O principal ponto destacado pela fabricante é que o montante de carga obtido pela placa fotovoltaica do celular depende de muitos fatores. Uma das limitações é que a parte traseira do telefone é muito pequena, o que restringe o tamanho do painel e, em consequência, a quantidade de energia por ele captada. O estilo de vida do usuário, e também o ângulo em que o aparelho é colocado para receber a luz solar também influenciam na quantidade de carga.

A maior quantidade de carga foi gerada pelo aparelho que foi ao Quênia. Os principais motivos, segundo a Nokia, seriam a constância de incidência solar e o fato de que o testador do aparelho era um segurança, ou seja, passava um bom tempo parado no mesmo local, em guarda. Amos, o queniano que ajudou na experiência, mostrou-se um usuário ativo do telefone, ouvindo bastante rádio e fazendo muitas ligações - dados que os pesquisadores finlandeses apreenderam pelo perfil de uso de energia do celular do segurança.

Por outro lado, foi no Círculo Ártico que se registrou a menos quantidade de carga. Isso porque mesmo no Verão o ângulo dos raios é relativamente baixo, o que implica em muitas áreas de sombra. Se o usuário se movimentar muito, a carga será também muito pequena par ao telefone. O teste na região gelada, por outro lado, permitiu uma experiência única: enquanto trabalhava como construtor, Ilkka conseguiu mover o celular de modo a aproveitar todos os ângulos solares do dia.

As experiências também mostraram que o carregamento é mais eficiente quando o usuário consegue carregar o telefone enquanto se move em ambientes externos - por exemplo, usando um suporte ao redor do pescoço. A grande questão, nesses casos, é que nem sempre é conveniente, seguro ou mesmo fashion levar o aparelho dessa forma.

Fonte: Terra
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