Instagram levou apenas um ano e meio para valer US$ 1 bilhão
10 abr2012 - 07h37
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Levou apenas um ano e meio para que uma dupla de desenvolvedores visse seu aplicativo de compartilhamento de imagens sair do zero e valer US$ 1 bilhão. Foi o que aconteceu com Kevin Systrom e Mike Krieger, responsáveis pela fundação do Instagram, que foi comprado na segunda-feira pelo Facebook, a maior rede social do mundo com mais de 800 milhões de usuários.
Os números do Instagram impressionam: com pouco mais de uma dúzia de funcionários, no começo de março deste ano o aplicativo já contava com 27 milhões de usuários. Um número bastante elevado para um programa que, até então, só estava disponível para os aparelhos com iOS da Apple. Com a chegada ao Android, na semana passada, o Instagram teve mais de 1 milhão de downloads em menos de 24 horas. A venda para o Facebook, por um valor recorde, aconteceu menos de uma semana depois.
Se comparado com outras start-ups compradas por grandes empresas de tecnologia, o Instagram mostra um recorde de valorização. O Flickr foi comprado pelo Yahoo! em 2005 por US$ 30 milhões, enquanto o Google adquiriu o Picasa em 2004 por apenas US$ 5 milhões, segundo levantamento feito pelo Business Insider. A companhia que mais se aproximou do Instagram foi a Photobucket, comprada por US$ 300 milhões em 2007 pela News Corp.
Não foi por acaso que a companhia chegou a um valor tão elevado. Desde sua chegada, tanto o número de usuários quanto de fotos postadas no serviço vêm crescendo exponencialmente. Criado em outubro de 2010, o aplicativo alcançou o seu primeiro milhão de usuários em apenas três meses, e seis semanas depois já tinha seu segundo milhão de usuários garantidos.
Os 5 milhões de downloads chegaram em junho do ano passado, uma média de 625 mil novos usuários por mês. A marca de 200 milhões de fotos foi atingida em agosto de 2011, quando em somente 30 dias 50 milhões de imagens foram enviadas para o Instagram. Menos de um ano depois, em abril de 2012, esse número cresceu para 150 milhões de novas imagens por mês: 5 milhões de fotos postadas todos os dias.
O Instagram foi lançado como aplicativo exclusivo para o iPhone, em 2010, e conseguiu reunir mais de 27 milhões de usuários. O sucesso do app fez com que seus criadores levassem o programa de filtros de fotos para os smartphones com Android, o sistema operacional do Google. O lançamento no Google Play, loja de aplicativos do Android, foi na terça-feira, e já nesta quarta surgiram contas no Tumblr criticando uma possível "orkutização" do Instagram
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
O termo "orkutização" é usado em referência à suposta "invasão" de usuários do Orkut em outras redes sociais, como Twitter e Facebook. Na maioria das vezes usado em tom pejorativo, reclama da chegada dos usuários mais recentes do Orkut - tidos como pessoas de baixa renda - a redes que ainda se conservavam, na mesma lógica de pensamento, mais "classe média/alta"
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
A ideia da "orkutização" do Instagram após sua chegada ao Android se apoia, em parte, no fato de que o sistema operacional roda em aparelhos de faixas de preço muito distintas, e na maior parte das vezes inferior ao valor do iPhone da Apple. Por isso, as imagens postadas em contas do Tumbr como Orkutgram e Android no Instagram mostram situações e produtos estereotipados como sendo de pessoas de renda mais baixa
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
Foto de pães passou por filtra Lord Kelvin do Instagram
Foto: androidnoinstagram.tumblr.com / Reprodução
O dono da conta Orkutgram, @catupiry, afirma em seu perfil do Twitter que participou de sites de humor como Humortadela e Kibeloco
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
O perfil do Android no Instagram traz a descrição, "chegamos! hipsters, chorem!". Hipsters são pessoas que acompanham tendências, e em geral o termo é usado no sentido pejorativo indicando um grupo que gosta de ter objetos, usar acessórios e fazer coisas que antes de elas virarem moda
Foto: androidnoinstagram.tumblr.com / Reprodução
Usuário fotografa dedos do pé com filtro Nashville do Instagram
Foto: orkutgram.tumblr.com / Reprodução
No Orkutgram e no Android no Instalagram, ao copiar as fotos do aplicativo os donos das contas escrevem comentários com erros de grafia e coesão, em geral com conteúdo pouco lisonjeiro