O MySpace era a rede social mais "quente" da web logo antes do Facebook - assim como o Yahoo! era a maior busca antes do Google. Mesmo com a decadência do site - comprado pela News Corp em 2005 a US$ 580 milhões e vendido em 2011 a US$ 35 mi -, o ex-presidente de operações do MySpace, Amit Kapur, oferece dicas para que o Facebook garanta o sucesso após a abertura de capital na bolsa. A entrevista foi concedida ao Business Insider.
Kapur foi contratado quando o MySpace ainda era uma startup, saiu após a compra em 2005 e desde 2009 trabalha na Gravity, companhia que fundou e que ajuda sites a encontrar os conteúdos que interessam a seus visitantes. Para o ex-COO da ex-maior rede social da web, o Facebook corre o risco de se perder quando fizer o IPO. De experiência própria, Kapur oferece alguns conselhos - e no final dá até uma dica ao Google+.
Primeiro, Facebook, "não priorize a receita em relação à experiência do usuário. Isso vai inevitavelmente colocar a companhia no caminho errado", diz. "Sua empresa precisa ter uma visão mais longa do que chegar aos 90 dias na bolsa", completa. Kapur conta que, depois que o MySpace foi comprado, vivia "constantemente frustrado" porque "os prazos eram acertados mas os projetos ficavam sendo adiados por causa de resultados trimestrais".
Mark Zuckerberg parece estar de acordo com essa opinião. No documento enviado ao órgão regulador de empresas na bolsa, o CEO do Facebook alerta aos investidores que a rede social tem planos de valorização a longo prazo, e não de lucro em pouco tempo.
O segundo conselho do ex-COO do MySpace é que o Facebook não limite a interação de seus usuários aos amigos que eles têm no site. "Uma rede social que dura é construída em torno de utilidade", resume, destacando que a que ele criou em 2003 permitia que os usuários se expressassem. O Facebook permite que os amigos se conectem, mas não abre espaço para que os usuários mostrem suas "estrelas interiores", e por isso eles acabam buscando serviços como Tumblr, Pinterest e Twitter.
A última dica de Kapur é para que o Facebook não esqueça que o que as pessoas realmente gostam de fazer é compartilhar fotos. A companhia de Zuckerberg sabe bem disso, e a compra do Instagram nesta segunda-feira foi uma reiteração do fato. Mas o executivo do MySpace alerta que a rede social líder no mundo não vai poder comprar todas as startups que propuserem boas formas de compartilhar fotos. A empresa de Menlo Park precisa deixar as suas próprias ferramentas de compartilhamento cada vez melhores.
Google+Ao Google+, rede social concorrente do Facebook, Kapur tem um conselho conciso: parem de correr atrás do Facebook. "Como você vai competir lado a lado com o Facebook fazendo exatamente o que o Facebook faz tão bem?", justifica. Para ele, o que Google deveria fazer é justamente o que a rede social de Zuckerberg não consegue: ajudar os usuários a encontrar sua "identidade Google". Ou seja, ajudá-lo a descobrir as melhores pessoas para seguir no Plus, os melhores vídeos para ver no You Tube, as melhores notícias e assim por diante.
Humorista recria sites e aplicativos famosos de hojeem vídeos que simulam DOS, imagens pixeladas e comandos de teclado
Foto: squirrel-monkey.com / Reprodução
Pixels à mostra também na versão oitentista do Twitter, que na página inicial apresenta as instruções de navegação via teclado, com os comandos F1, F2 e outros
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Tela de login traz o nome de Kinna McInroe como usuária e os campos para preenchimento vão tendo pontos substituídos por caracteres
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Timeline do Twitter seria diferenciado por cores, e fonte usada seria a Fixedsys, ainda hoje usada como padrão para o Bloco de Notas
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Na tela em que o usuário escreve o tweet, é possível observar que além de imaginar o microblog trinta anos atrás, humorista se deu ao trabalho de criar Trending Topics que condizem com o período
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O Google, ponto de partida da navegação de muitos usuários, também traz notícias cômicas (e inventadas) da época, além de uma logo desenhada com caracteres
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Já com opção de pesquisa "estou com sorte", buscador funciona com comandos típicos do DOS, em que em vez de clicar com o mouse era necessário digitar uma letra correspondendo à opção desejada - neste caso, "S" para busca e "L" para "estou com sorte"
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Resultados de buscas do Google imaginado em 1985 não trazem links, apenas números de telefone. Detalhe para a atenção na construção dos resultados - a busca por "cool stuff" mostra resultados com "stuff cool" - e para o humor na seleção dos itens listados
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Pulando uma década para frente, já nos anos 1990, o Squirrel-Monkey também apresenta o Facebook. Já há Windows, e o browser usado para navegar na rede social é o Netscape, lançado em 1994
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Tela mostra mensagem publicada no mural - ainda com a fonte Fixedsys -, e uma foto de perfil com imagem ainda pixelada, embora com melhor qualidade do que os jogos imaginados na década de 1980
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Atriz Kinna McInroe faz a locução do vídeo apresentando o Facebook e suas funcionalidades, como o botão "Curtir" (like, em inglês) e a opção de adicionar amigos. Sem perder o bom humor, ela comenta "você pode 'curtir' posts mesmo se não curtir, e pode pedir para ser 'amigo' mesmo para pessoas de quem não é amigo"
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Outro destaque da locução é para a possibilidade de saber o status de relacionamento de um membro da rede social. O exemplo dado é o "é complicado" - e esse não é uma piada
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Perto do fim do vídeo, os humoristas mostram a atualização do Facebook para o perfil Timeline - note-se que o convite para usar o novo layout oferece ao usuário dois botões, com a opção "sim" em ambos
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Perfil Timeline é exibido com cor extravagante e traz botões desorganizados no topo, além de uma simulação de linha do tempo abaixo da foto, no lado esquerdo
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Jo Luijten, editor do Squirrel-Monkey, imaginou como seria o game Angry Birds em gráfico de 8 bits. O "jogo" data de 1982, antes da data de lançamento do Super Mario Bros.
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Os pássaros furiosos, na interface de três décadas atrás, parece apenas um quadrado vermelho, e os porcos famintos aparecem pixelados como as imagens das telas da época
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Em vez de gráficos sofisticados, quando o pássaro atinge o alvo, torre em que está o porco pisca, indicando o resultado da ação
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Aplicativo e game DrawSomething também ganha versão da década de 1980, com gráfico igualmente pixelado
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Na escolha do jogador, game pede que seja inserido um disquete com os desenhos
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Ferramenta de desenho lembra as primeiras versões do que hoje seria o Paint Brush, com opções de espessura do pincel. Reposta leva "_", referência à impossibilidade de usar espaços em nomes de arquivos e outras nomenclaturas dos antigos sistemas operacionais
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Tela de cumprimento quando o jogador acerta o desenho encerra o vídeo da versão de gráfico de 8 bits do aplicativo