Caneta do futuro não tem tinta e escreve "em qualquer coisa"
19 abr2012 - 17h48
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A Interphase apresentou nesta quinta-feira uma caneta do futuro que pode escrever virtualmente em qualquer superfície plana. A penveu - pronuncia-se "pen-vu" - foi concebida para ser uma versão mais acessível de sistema interativo para salas de aula e conferências, e usa conexão wireless para permitir marcações em apresentações na televisão ou em imagens projetadas. As informações da Wired.
Para escrever, é possível encostar na superfície ou fazer gestos no ar a até 12 m da tela. A caneta não usa tinta, e sim pixels, para fazer as anotações. Em seu corpo - bem maior do que as stylus comuns, como a do Samsung Galaxy Note -, toda a interface de controle e memória. A seleção de cores - há oito opções - e de espessura do traço é feita a partir dos botões no próprio corpo do dispositivo.
A penveu tem 15,8 cm de altura e 5,3 de espessura, pesa 113,5 g e está disponível em opções de 8GB e 16GB de memória interna. Além do modo "caneta", o dispositivo também um modo "mouse", com funções de rolar a tela, clicar com botão direito ou esquerdo, e voltar, além de uma opção "print screen" que permite capturar qualquer tela da apresentação e salvá-la como imagem no disco rígido do acessório.
Além da caneta em si, o sistema conta com uma set-top box, que funciona para conectar a penveu e o projetor ou TV. A conexão é VGA, para que seja possível com equipamentos mais antigos, e a compatibilidade do aparelho é com PCs e Macs. Além disso, a caixa serve como estojo e como carregador da bateria - há uma base extra só para essa última função. Na ponta da caneta, luzes LED indicam quanto de carga está disponível, e quando é hora de recarregar a bateria.
A Interphase venderá a penveu a partir de julho, nos Estados Unidos, com preços sugeridos de US$ 500 para a versão para escolas, com 8GB, e US$ 700 para a mesma capacidade de armazenamento na versão comercial. Para as empresas haverá também uma opção com 16 GB, a US$ 800. No YouTube, a fabricante mostra o dispositivo em funcionamento.
Videochat e a sala de aula mundial - para quem aprende uma língua, plataformas como o Glovico oferecem a chance de professores de idiomas oferecerem seus serviços a alunos de todo mundo. Também abre a oportunidade de trabalho para que pessoas ensinem seus idiomas nativos, mesmo que elas não sejam docentes no mundo offline. O Verbling e outros põem falantes para "trocar" lições: metade do tempo ensinando a língua-mãe e a outra metade aprendendo a do interlocutor do videochat
Foto: Divulgação
Videochat e a sala de aula mundial - a possibilidade de ver e ouvir pessoas do outro lado do planeta oferece a professores e estudantes oportunidades de intercâmbio de conhecimentos e aprendizados antes disponíveis majoritariamente através de viagens. Em projetos como o Skype in Classroom, professores de diferentes países se encontram e podem desenvolver projetos interculturais, ajudando os alunos a ter contato com outras culturas e até praticar os segundos idiomas que aprendem
Foto: Divulgação
Casas desmontáveis ou construídas só por máquinas - as tecnologias de construção do futuro tem entre as opções em vista um conceito baseado no modelo de pré-moldados. A novidade é o uso de materiais sustentáveis e a possibilidade de que as casas e apartamentos possam ser rearranjados de modo a estar de acordo com as últimas mudanças no estilo de vida dos moradores e das metrópolis. Outra opção, ainda em desenvolvimento, é a de "impressão 3D" de moradia
Foto: Divulgação
Engenharia sustentável - outros exemplos incluem a casa de Yannell, que usa painéis solares para se autoalimentar e gera 40% a mais de energia, enviada à rede pública; também há um sistema de captação de água de chuva para irrigar jardins, e janelas posicionadas para aproveitar o aquecimento do sol e manter a temperatura, reduzindo o uso de climatizadores de ar. A casa de Richard Wyne acrescenta a essas técnicas o isolamento feito de plásticos reciclados e óleos vegetais
Foto: Divulgação
Engenharia sustentável - mais do que deixar que os usuários dos prédios tratem de economizar água ou energia, na hora de construir os edifícios engenheiros, arquitetos e incorporadoras estão criando mecanismos "embutidos" de sustentabilidade. Os conceitos inovadores na área incluem o E-Cube, da Universidade Ghent, na Bélgica, espécie de casa-modular à la "faça você mesmo", que usa energia solar e promete reduzir os resíduos de uma obra graças a sua tecnologia de montagem
Foto: Divulgação
Energia renovável - o uso de nanopartículas para geração de energia é outra possibilidade que estaria perto de se tornar comercializável. No ano passado, por exemplo, pesquisas com nanopartículas de óxido de zinco e alumínio descobriu que, quando aquecidos em micro-ondas, o óxido conduz eletricidade, e o alumínio impede a perda de calor; pela diferença de calor, inicia-se uma corrente elétrica. A questão agora é como usar essa energia para alimentar aparelhos
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Energia renovável - mais do que sol ou vento, outras fontes de energia renovável estão sendo aproveitadas. Na Suécia, o calor dos mais de 250 mil pessoas que passam pela estação central de trem em Estocolmo é capturado por um sistema e usado para aquecer a água do mecanismo de calefação do prédio ao lado - uma economia de 25% no consumo de eletricidade. Outra tecnologia inclui placas fotovoltaicas dentro de uma tela OLED, e absorvem a energia luminosa "perdida" pelo monitor
Foto: Wikimedia / Reprodução
Energia solar - uma rede de restaurantes optou por usar o calor do sol não para gerar energia elétrica, mas como fonte de calor para cozinhar. O menu é inteiro composto de pratos que cozinham com ao sol, e as ofertas variam de acordo com o bom (ou mau) tempo. Em dias nublados, é claro, a casa não abre
Foto: Divulgação
Energia solar - as empresas têm se empenhado em aplicar a tecnologia da energia solar de formas criativas, para além das placas em telhados de casas e edifícios. Na Sérvia, por exemplo, universitários criaram um banco de praça que capta energia solar e oferece aos transeuntes tomadas comuns para recarregarem seus gadgets. Na Inglaterra, uma empresa criou um outdoor que usa energia solar e eólica para gerar a iluminação do anúnco
Foto: Divulgação
Economizando energia - o consumo de eletricidade também pode ser reduzido usando tecnologia de ponta, como a presente em termostatos inteligentes como o Nest, que aprende o estilo de vida da família e ajusta a temperatura da casa quando há mais ou menos pessoas nela. Além disso, há adaptadores que cortam a alimentação de energia quando os equipamentos já têm o suficiente para funcionar, entre outros
Foto: Divulgação
Economizando energia - uma das formas apontadas como eficientes na redução do consumo de energia são os sistemas de monitoramento, que acompanham quanto cada equipamento soma no conjunto do consumo da casa. Além disso, para quem tem fontes de energia renovável em casa, como painéis solares, o uso de um inversor (foto) que devolva o excedente gerado à rede pública de energia, ajuda a manter a casa e consumo zero - a energia usada quando não há sol "empata" com o excedente devolvio
Foto: Divulgação
"Fazendas" urbanas - na linha "decorativa" das fazendas urbanas, outros exemplos incluem os jardins "bottecaps" japoneses, em que tampinhas de garrafa PET viram vasos para ervas e afins. Também para pequenas plantas, o USB Greenhouse cria um ambiente perfeito para o cultivo, em termos de umidade, temperatura e iluminação, fornecendo o necessário ao vegetal a partir da energia sugada pelo computador - e o usuário ainda recebe avisos sobre a necessidade de rega, por exemplo
Foto: Divulgação
"Fazendas" urbanas - não é preciso abrir mão do tablet e do smartphone para ter uma vida mais ligada à terra, que inclui plantar e colher os próprios alimentos. A popularização das "fazendas" urbanas - espaços de cultivo em grandes centros - são um exemplo disso. As opções vão desde pequenas hortas decorativas - como os cartões postais Postcardens -, aos jardins verticais - que permitem plantar alimentos grandes usando o espaço "inútil" das paredes das casas
Foto: Divulgação
Inteligência a serviço da cidadania - outra ideia é permitir que parquímetros eletrônicos sirvam como pontos de feedback sobre a cidade. Além de transformar as máquinas em objetos úteis também para os pedestres, a ideia põe a tecnologia a favor do engajamento do cidadão, que pode fazer denúncias de pichações, informar sobre postes sem luz e sobre a necessidade de mais lixeiras em uma região, por exemplo, com alguns toques no equipamento
Foto: AFP
Inteligência a serviço da cidadania - tecnologias para ajudar o cidadão a interagir com os sistemas públicos são um grande desafio. Uma das encontradas hoje ajuda a saber quanto de crédito ainda há disponível no cartão do trem ou metrô - antes de chegar à catraca e se deparar com a mensagem de 'saldo insuficiente'. Uma camada de e-ink no cartão interage com o leitor da estação quando o usuário paga a passagem, e o saldo restante é impresso temporariamente, via indução
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Medir a poluição sonora com o smartphone - o aplicativo NoiseTube permite usar o microfone do celular para medir, onde o usuário estiver, o nível de barulho do lugar. O programa, criado no Laboratório de Ciência da Computação da Sony e hoje administrado pelo departamento de Ciência da Computação de Universidade Vrije, em Bruxelas, calibra o microfone de cada modelo de aparelho, e também permite que o usuário comente sobre como se sente imerso no barulho
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Pedestre e ciclista em segurança - para evitar atropelamentos, aplicativos e tecnologias como o Mobileye alertam o motorista quando alguém está muito perto do carro - e até quando outro veículo se aproxima demais -, alertando o condutor a parar ou reduzir. Outras, como o SafeWalk e o C-Walk, identificam pedestres esperando para atravessar a rua, ou já no meio da faixa da segurança, e ajustam automaticamente o tempo dos verdes e vermelhos para quem está a pé ou de carro
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Apps para achar estacionamento - o trânsito caótico incomoda quando o carro está em movimento, e também quando é preciso parar. Dar voltas em busca de uma vaga ou garagem paga, ou mesmo ter dúvidas em locais sem sinalização sobre se é permitido deixar o carro ali. Aplicativos como Parker (esq.), Parking Mate (dir.) e iSpotSwap ajudam motoristas a executar estas tarefas e ainda possuem função de aviso para quando falta pouco tempo para expirar o tempo máximo permitido
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Pagamento mobile e trânsito - hoje, é possível conseguir um táxi sem sequer ligar para a central, e ainda fazer o pagamento com cartão de crédito mesmo se o carro não tiver a máquina, graças ao app Get Taxi, que oferece a vantagem de acompanhar o veículo enquanto ele se dirige ao local. Quem prefere pagar ao vivo, pode se beneficiar dos VeriFones que equipam taxis em Londres. Na Turquia, o mesmo sistema permite, graças a GPSs, acompanhar a chegada dos ônibus a cada parada
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Roupas multifuncionais - Para proteger a saúde das costas do usuário, carregando computadores e tablets em mochilas e bolsas, uma empresa americana criou uma jaqueta com bolso canguru que vira uma "mesa" quando se abre o zipper. Graças a tiras laterais, a roupa ainda permite ficar com as duas mãos livres para operar o dispositivo. Outro exemplo é a roupa de corrida do designer Rafael Rozenkranz, que usa a energia gerada com o movimento do usuário para alimentar o tocador de MP3
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Roupas multifuncionais - estilistas e empresas de tecnologia trabalham para fazer roupas que agreguem funcionalidade ao dia-a-dia. Uma companhia escandinava criou um airbag para ciclistas que, fechado, parece um cachecol fashion. Mas, no momento em que detecta um movimento inesperado - freada brusca, por exemplo -, infla-se e forma um capacete que protege cabeça e pescoço