Funcionários da Foxconn ameaçam entrar em greve em Jundiaí
26 abr2012 - 10h31
(atualizado às 10h56)
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Cerca de 2,5 mil trabalhadores da Foxconn de Jundiaí, planta que produz produtos da Apple no Brasil, podem parar na semana que vem se a empresa não atender a reivindicações sobre a estrutura da fábrica feita pelos funcionários. Entre as principais reclamações estão as condições de transporte e alimentação dos empregados.
De acordo com um representante dos funcionários ouvido pelo Terra, a pressão feita pelos trabalhadores vem dando resultado, e a Foxconn vem desde segunda-feira atendendo aos pedidos de melhoria. Por isso, segundo ele, é provável que a paralisação não aconteça.
As principais queixas dos trabalhadores, segundo o representante, são a superlotação dos ônibus que levam à empresa, a qualidade da alimentação e estrutura do refeitório e à falta d'água na fábrica. Os funcionários deram prazo até a próxima quinta-feira para que a companhia atenda às reivindicações.
O Terra entrou em contato com a assessoria de imprensa da companhia, que afirmou que vai se pronunciar ainda hoje sobre o assunto.
O CEO da Apple, Tim Cook (ao centro, de amarelo), realiza nesta semana uma visita à China. Como foco nos negócios, o sucessor de Steve Jobs visitou os funcionários da "fábrica maldita" Foxconn, que recorrentemente sofre denúncias de exploração de funcionários. Segundo a organização sem fins lucrativos Students and Scholars Against Corporate Misbehavior (SACOM), a Foxconn é a companhia "mais diabólica" do mundo da tecnologia pela maneira como trata os funcionários
Foto: Reuters
O vice-premiê da China, Li Keqiang (à direita), aperta a mão de Tim Cook em Pequim
Foto: Reuters
Na quarta-feira, a China se comprometeu com a Apple a trabalhar a favor da proteção da propriedade intelectual
Foto: Reuters
Em uma reunião, o vice-premiê chinês pediu à Cook que a Apple fiscalize e cuide bem dos funcionários da Foxconn
Foto: Reuters
De acordo com a Reuters, a China é o maior mercado potencial para os produtos da Apple. Por isso, assegurar que o país irá proteger a propriedade intelectual é uma das metas da companhia americana