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Leilão do 4G deve arrecadar pelo menos R$ 3,8 bilhões

27 abr 2012 - 10h26
(atualizado às 11h07)
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Gustavo Gantois
Direto de Brasília

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta sexta-feira que deve arrecadar, no mínimo, R$ 3,8 bilhões com o leilão das faixas de 2,5 giga-hertz (GHz), destinada à telefonia de quarta geração (4G),que promete uma velocidade de internet até 10 vezes maior que a tecnologia 3G atual, e de 450 mega-hertz (MHz), para a ampliação da cobertura dos serviços de telefonia e internet na área rural.

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O leilão está marcado para o dia 12 de junho e tem a finalidade de atender à crescente demanda por serviços de telecomunicações e proporcionar a infraestrutura adequada para a realização de grandes eventos internacionais no país nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

O edital, que estará disponível a partir das 14h na página da Anatel, estabelece que as operadoras que vencerem o leilão do 4G deverão oferecer o serviço a todas as cidades que serão sedes da Copa das Confederações até abril do ano que vem e para todas as sedes e subsedes da Copa do Mundo até dezembro de 2013. Todas as capitais do País e os municípios com mais de 500 mil habitantes terão a tecnologia 4G até dezembro de 2014. A cobertura nacional deve estar concluída até 2017.

Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já há previsão para que, em maio do ano que vem, o serviço de 4G esteja funcionando em pelo menos cinco capitais. "É tarefa de todos nós cobrar para que os serviços sejam oferecidos logo", disse o ministro.

O presidente da Anatel, João Rezende, chegou a comparar o leilão do 4G aos primeiros momentos da licitação de terceira geração, que revolucionou o mercado de telefonia móvel no Brasil. Segundo Rezende, a velocidade da nova tecnologia em relação aos serviços atuais chega a ser 10 vezes superior. "Isso é importante porque há demanda crescente nos serviços móveis", afirmou Rezende.

Rural

O leilão das faixas de 450 MHz servirá para ampliar a cobertura dos serviços de telefonia e, em alguns casos, levar a internet às áreas rurais. Ao contrário do leilão do 4G, que busca o maior preço possível, o leilão do 450 MHz buscará o menor preço para oferecer ao consumidor.

O edital prevê que a cesta de serviços para esse leilão deverá ter preço máximo de R$ 63, sem impostos. Ela leva em consideração uma franquia de 100 minutos para usuários pós-pagos, sendo aproximadamente R$ 30 para serviços de voz e R$ 32 para dados.

"Temos 8 milhões de famílias na zona rural. Estamos buscando a inclusão desse público. Acho que o Brasil tem um déficit com o setor rural e o leilão dos 450 vai ajudar a reduzir essa disparidade", justifica João Rezende. "Estamos nas duas pontas atendendo a demanda crescente. É importante dizer que nesse edital não estamos atendendo apenas as áreas rentáveis das empresas, mas levando telefonia onde a rentabilidade é menor. A agência tem de equilibrar a competição, mas também a inclusão digital".

A expectativa da Anatel é que haja novos participantes nos leilões, inclusive para levar a telefonia e internet às áreas rurais. "Evidente que as empresas locais têm vantagens comparativas em relação às entrantes, mas não descartamos novos participantes tanto no leilão do 4G quanto no do 450. Queremos disputa em todas as faixas", avaliou o presidente da agência.

Fonte: Terra
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