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Oriente Médio

Irã ameaça Google por omitir nome Golfo Pérsico de mapas

17 mai 2012 - 10h00
(atualizado às 12h08)
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O Irã ameaçou nesta quinta-feira adotar medidas legais contra o Google se o buscador omitir em seus mapas e serviços geográficos o nome Golfe Pérsico, informou nesta quinta-feira a televisão oficial em inglês, PressTV.

O Irã está realizando uma intensa campanha contra "denominações alternativas" e que omitem chamar de Pérsico o golfo que o país forma com o Iraque e a península Arábica. Alguns países árabes chamam o acidente geográfico de golfo Arábico ou simplesmente Golfo, o que o Irã considera uma forma de desconsiderar seus direitos históricos e políticos na região.

"Jogar com as novas tecnologias em assuntos políticos é uma das novas medidas dos inimigos (o Ocidente e seus aliados) contra o Irã, e neste sentido utilizam o Google como um brinquedo", disse nesta quinta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast.

O funcionário afirmou que o Google poderia sofrer "graves danos" e enfrentar "ações legais" se não usar a designação Golfo Pérsico. Para o porta-voz, fazer isso é "jogar com os sentimentos e as realidades da nação iraniana".

Recentemente, o Google eliminou de seus mapas a denominação Golfo Pérsico e essa parte do globo aparecia sem nome. Na mesma região, no entanto, as designações Mar Vermelho, Golfo de Áden, Mar Arábico e Golfo de Omã continuam aparecendo.

As autoridades iranianas mantém bloqueados um grande números de páginas da internet, entre elas jornais estrangeiros e grupos sociais e políticos do país e internacionais. Além disso, as redes sociais estão proibidas pois o governo do país considera que elas atacam a moral da República Islâmica.

O Irã anunciou que está preparando a construção de uma rede de informática própria, com servidores nacionais, para garantir a segurança de suas instituições oficiais e entidades privadas de interesse público, como os bancos, embora assegurou que os usuários também poderão ter acesso à rede mundial.

EFE   
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