Fundador do Megaupload se nega a fornecer senhas de PCs apreendidos
O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, detido na Nova Zelândia pelo FBI por suposto envolvimento com pirataria, se recusou a fornecer a senha dos computadores confiscados pela polícia, segundo o site espanhol
, baseado em informações da mídia neozelandesa.
Schmitz, que atualmente se encontra em liberdade condicional, compareceu ao Supremo Tribunal de Auckland na segunda-feira para pedir revisão judicial da ordem utilizada para apreender todos os seus equipamentos eletrônicos em janeiro deste ano.
O advogado dele, Paul Davison, argumentou que a operação realizada no início de 2012 apreendeu cerca de 135 dispositivos, muitos deles irrelevantes para o caso por conterem somente arquivos pessoais, como vídeos familiares. Mas outros aparelhos de uso pessoal de Dotcom podem conter dados importantes, porém está tudo codificado e protegido por senhas.
Os representantes judiciais do governo dos Estados Unidos buscam acesso às informações, mas Schmitz só fornecerá as senhas em troca do cumprimento de algumas condições no processo judicial que termina amanhã, disse Davison. Dotcom quer que o acesso a seus arquivos seja supervisionado judicialmente, que lhe entreguem cópias digitais de todos os seus dados, assim como a garantia de proteção legal às suas informações pessoais, informou o site neozelandês Stuff.
Schmitz e outros três informáticos detidos na Nova Zelândia terão de enfrentar, em agosto, processo de extradição aos Estados Unidos, país que quer julgar sete executivos do Megaupload por diversos delitos envolvendo pirataria digital, crime organizado e lavagem de dinheiro.
Dotcom e outros três diretores do Megaupload foram detidos em 20 de janeiro deste ano na cidade de Auckland, durante operação internacional contra pirataria digital comandada pelos EUA, que fechou o site e apreendeu bens, e também realizou detenções na Europa. Nos EUA, o Megaupload é acusado de danos à propriedade intelectual avaliados em US$ 500 milhões, e de haver arrecadado US$ 175 milhões de maneira ilícita.
