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Cubanos com acesso à internet local aumentam 40% em 2011

14 jun 2012 - 16h35
(atualizado às 19h01)
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O número de cubanos ligados à intranet controlada pelo Estado saltou mais de 40% em 2011, em comparação com o ano anterior, e o uso de telefone celular subiu 30%, informou o governo. A população de Cuba, no entanto, permanece excluída do acesso ilimitado à internet.

O governo cubano monopoliza as comunicações e controla a economia. Não há banda larga de Internet e os relativamente poucos usuários da Internet sofrem com longas esperas para abrir um email ou ver uma foto ou um vídeo, o que também prejudica o governo e as operações empresariais.

O Gabinete Nacional de Estatísticas informou que o número de "usuários de internet chegou a 2,6 milhões no ano passado, em comparação com 1,8 milhão em 2010", embora quase todos provavelmente entravam na intranet local em clubes de informática, escolas e escritórios do governo.

Cuba registra o uso de intranet como uso de internet, embora o acesso à rede mundial sem a permissão do governo seja proibido. O número de usuários de telefones celulares aumentou de 1 milhão em 2010 para 1,3 milhão em 2011, informou o governo. Os cubanos não têm acesso à internet em seus celulares. Cuba tem 11,2 milhões de habitantes.

O uso do celular cresce a passos largos desde 2008, quando o governo passou a permitir que os cubanos comprassem esses telefones. No primeiro ano, havia 330 mil usuários.

Os celulares estão disponíveis apenas em uma moeda local atrelada ao dólar e o envio até mesmo de uma mensagem no Twitter de um celular pode custar mais do que o salário médio diário de muitos cubanos.

Havia 783 mil computadores pessoais no país, ou 70 em cada mil moradores, embora cerca de 50% desses estivessem nas mãos do Estado, de acordo com o relatório disponível no site http://www.one.cu/ticencifras2011.htm

Durante um tour recente por Cuba feito por um repórter da Reuters nenhum usuário de Internet foi encontrado. Algumas pessoas, no entanto, disseram que às vezes acessam a rede usando senhas do mercado negro ou hotéis.

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