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Vídeos no YouTube podem ser usados para tratar causa de vertigem

24 jul 2012 - 08h31
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Ver vídeos no YouTube pode ser um novo modo de tratar uma causa comum de vertigem, que muitas vezes não é adequadamente abordada por médicos, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira na edição impressa do Neurology, jornal médico da Academia Americana de Neurologia.

A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é um distúrbio no ouvido interno, e também uma causa comum de tontura. "Esse tipo de vertigem pode ser tratada facilmente e rapidamente com uma simples manobra chamada Epley, mas muitas vezes ela não é usada, e as pessoas são orientadas a 'esperar passar', ou são medicadas", disse o autor do estudo, Kevin A. Kerber, médico da Universidade de Michigan Health System, em Ann Arbor, nos Estados Unidos, e membro da Academia Americana de Neurologia. "Descobrimos que demonstrações precisas da manobra em vídeo, que podem ser utilizadas por profissionais da saúde e pessoas com vertigem, estão disponíveis no YouTube."

Para o estudo, Kerber e seus colegas buscaram no YouTube vídeos que mostram a manobra de Epley e avaliaram sua precisão. Analisaram também os comentários postados sobre os vídeos, para ver como eles foram usados.

"Foi bom ver que o vídeo que tem mais acessos foi o desenvolvido pela Academia Americana de Neurologia, quando publicou a sua orientação recomendando o uso da manobra de Epley em 2008 e, em seguida, postado no YouTube por uma leigo", disse Kerber. "E também foi bom constatar que a maioria dos outros vídeos demonstram a manobra com precisão", acrescentou.

Alguns comentários mostram que profissionais de saúde já estão prescrevendo os vídeos como tratamento, e pessoas com tontura também parecem estar usufruindo dos vídeos para aliviar os sintomas.

"Uma deficiência dos vídeos é que eles não incluem informações sobre como diagnosticar VPPB, e alguns dos comentários indicam que pessoas que não sofrem do distúrbio podem estar tentando essas realizar a manobra para tratar tonturas que tem outras causas", disse Kerber. "Apesar disso, achamos encorajador pensar que o YouTube poderia ser utilizado para divulgar informações sobre a manobra e educar mais pessoas sobre como tratar esta doença." Kerber e seus colegas estão atualmente trabalhando em projetos para testar a eficácia das intervenções de vídeo na evolução de pacientes com VPPB.

O distúrbio é provavelmente causado por cristais de cálcio carbonato soltos que se movem nos tubos de detecção do ouvido interno. A manobra faz com que os cristais de cálcio se movimentem para fora do tubo sensor para outra câmara interna da orelha, onde eles não causam sintomas.

Fonte: Terra
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