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CEO defende Facebook: "nunca fomos uma empresa controversa"

11 set 2012 - 19h00
(atualizado às 19h40)
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O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, admitiu nesta terça-feira que ficou desapontado com a performance de sua empresa no mercado de ações desde que seu capital foi aberto, em maio. Em entrevista promovida pelo site TechCrunch, Zuckerberg falou pela primeira vez sobre o assunto depois de a maior rede social do mundo ter começado a negociar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de valores Nasdaq.

Mark Zuckerberg dá primeira entrevista após a abertura de capital do Facebook em evento nos Estados Unidos
Mark Zuckerberg dá primeira entrevista após a abertura de capital do Facebook em evento nos Estados Unidos
Foto: Reuters

"Foi decepcionante. Mas isso não significa que estamos passando por um período de instabilidade. O Facebook não tem um histórico de altos e baixos. Nunca fomos uma empresa controversa", disse Zuckerberg durante a entrevista, realizada em San Francisco. "Nos importamos com nossos acionistas e vamos realizar nossa missão. Para nós, construir uma missão e um negócio andam lado a lado", afirmou Zuckerberg, destacando os objetivos da empresa.

Vestindo camiseta e jeans e aparentando nervosismo, apesar de falar com confiança, o empresário de 28 anos deixou claro que a abertura do capital faz parte da "missão" do Facebook, e não é movida por interesse financeiro. Segundo Zuckerberg, a inclusão da empresa no mercado de ações serviria a um propósito principal: financiar novos produtos, em vez de apenas se concentrar no lucro.

"Existimos para deixar o mundo mais conectado. Para fazer isso, precisamos de um bom time; para termos um bom time, precisamos de muito dinheiro. Temos que ter um modelo de negócios que atraia profissionais e os financie. Além de nossa missão, precisamos nos focar nos negócios. O mais importante para mim é nossa missão, mas também tenho que entender o lado dos acionistas", garantiu Zuckerberg.

Estímulo
Na tentativa de justificar a queda nas ações, o fundador do Facebook afirmou que Wall Street ainda não compreendeu todo o potencial da rede social a longo prazo. Ele disse que isso "não estava ajudando" a moral da equipe - o que, segundo destacou, poderia até ser benéfico nos círculos internos da rede social.

"Prefiro que nos subestimem - isso nos dá a atitude de que precisamos para sair e apostar, fazer coisas que animem e surpreendam as pessoas. Muitas estão nos subestimando. Isso nos estimula", respondeu.

Investidores apontam a dificuldade da rede social em lucrar com seus usuários e a desaceleração do crescimento como fatores preocupantes. No entanto, Mark Zuckerberg garante que "esse é um ótimo momento para as pessoas se unirem a nós, e um ótimo momento para investir".

O Facebook se tornou a primeira empresa americana a estrear no mercado de ações com um valor de mais de US$ 100 bilhões. Desde então, porém, seus papéis perderam mais da metade do valor inicial. A ação da empresa começou a ser negociada em 18 de maio ao preço de US$ 38 dólares. Nesta terça-feira, com a expectativa da entrevista do CEO, as ações fecharam o pregão em alta de 3,3%, ao preço de US$ 19,43 cada.

Fonte: Terra
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