Fundador do Megaupload pode ter sido vítima de espionagem ilegal
24 set2012 - 09h40
(atualizado às 12h47)
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Uma investigação acerca de espionagem ilegal sobre Kim Dotcom e outros executivos do Megaupload foi aberta a pedido do primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key. Segundo o jornal El País, há suspeita de que a Agência de Segurança do Governo, conhecida como GCSB, tenha praticado os atos de espionagem.
Conforme comunicado divulgado pelo governo neozelandês, foi o chefe da GCSB, Ian Fletcher, quem informou a Key que a organização teria agido "ilegalmente" para localizar Dotcom e outras três pessoas do Megaupload durante a operação que resultou na prisão deles em janeiro de 2012.
"Dou boas-vindas à investigação de @JohnKeyPM para os atos ilegais da GCSB", publicou o fundador do Megaupload no Twitter, sobre a ação do governo da Nova Zelândia.
A revelação de Fletcher é a mais recente de uma série de erros expostos pelas autoridades neozelandezas sobre os próprios esforços do governo daquele país para ajudar o governo dos Estados Unidos na prisão de Dotcom e seus colegas, jogando ainda mais incertezas sobre o caso.
A extradição de Dotcom da Nova Zelândia para os EUA seria julgada em agosto deste ano e foi adiada para março de 2013, devido às irregularidades encontradas no processo.
Familiares e amigos do fundador do Megaupload aguardam do lado de fora do tribunal onde Kim Dotcom presta depoimento na Nova Zelândia
Foto: AFP
Kim Dotcom compareceu ao tribunal exigindo ser libertado e afirmando que não tinha feito nada ilegal
Foto: AFP
A decisão do juiz sobre a sentença e o pedido de fiança solicitada por Dotcom será anunciada na terça ou quarta-feira
Foto: EFE
Advogado de Kim Dotcom, Paul Davison, conversa com a imprensa depois da audiência com o fundador do Megaupload em Auckland
Foto: AFP
As autoridades dos EUA fecharam na quinta-feira passada o portal de downloads Megaupload ao considerar que faz parte de "uma organização delitiva responsável por uma grande rede de pirataria informática mundial"
Foto: AFP
Em julgamento na manhã desta quarta-feira no horário da Nova Zelândia (noite do Brasil), o fundador do Megaupload, Kim Schmitz (conhecido também como Dotcom) teve a liberdade sob fiança negada
Foto: AFP
O tribunal neozelandês vai manter o alemão Kim Dotcom na prisão até 22 de fevereiro, enquanto autoridades dos Estados Unidos buscam o processo de extradição
Foto: AFP
O juiz do tribunal de Auckland David McNaghton justificou a decisão no temor de que Dotcom fugisse do país
Foto: AFP
Magistrado acredita que fundador do Megaupload "tem os recursos financeiros suficientes para obter uma identidade falsa ou documentos de viagens"
Foto: AFP
Paul Davison, advogado de Dotcom, falou com a imprensa após a audiência
Foto: AFP
Dotcom se declara inocente em relação às acusações