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Nova versão do vírus Flame é detectada no Irã e no Líbano

15 out 2012 - 14h35
(atualizado às 15h38)
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Uma nova versão do vírus Flame, suspeito de ser uma arma cibernética dos Estados Unidos e de Israel contra o programa nuclear iraniano, foi detectada em computadores de Irã, Líbano e França, revelaram nesta segunda-feira especialistas em segurança informática.

Nova ameaça se baseia na na mesma plataforma estrutural do Flame, segundo a Kaspersky
Nova ameaça se baseia na na mesma plataforma estrutural do Flame, segundo a Kaspersky
Foto: AFP

Infográfico: Ciberguerra: conheça os vírus Stuxnet, Flame, Duqu e Gauss

A empresa russa Kaspersky, responsável pela descoberta do Flame no início deste ano, batizou a nova versão de miniFlame. Segundo os especialistas, o miniFlame é "um programa malicioso, pequeno e muito flexível, desenhado para roubar dados e controlar sistemas infectados em operações de ciberespionagem dirigidas".

O miniFlame se baseia "na mesma plataforma estrutural do Flame", indicou a Kaspersky, acrescentando que pode funcionar de forma independente ou em conjunto com seu irmão mais velho, dedicado a "operações de espionagem em massa". O pesquisador da empresa de segurança Alexander Gostev insistiu na precisão deste novo vírus para realizar "ataques cirúrgicos".

Por enquanto, a companhia de antivírus contabiliza entre 50 e 60 o número de ataques com o miniFlame no mundo, particularmente no Líbano, França, Estados Unidos, Irã e inclusive Lituânia. De acordo com os especialistas, o programa foi desenvolvido a partir de 2007 e foi utilizado até o fim de 2011. "Acreditamos que os desenvolvedores do miniFlame criaram dezenas de mudanças no programa" disse a Kaspersky. "Até agora só encontramos seis, datadas entre 2010 e 2011."

A fabricante de antivírus já havia anunciado que o Flame tinha sido lançado no fim de 2006 e que estava relacionado ao Stuxnet, um vírus criado para atacar sistemas da gigante alemã Siemens, normalmente utilizados para a gestão de infraestruturas, como a rede de fornecimento de água ou a extração de petróleo.

A maior parte dos sistemas infectados pelo Stuxnet foi descoberta no Irã, o que dá força à ideia de um ataque cibernético por parte de Israel e Estados Unidos contra as instalações nucleares do país.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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